A existência e operação de laboratórios de armas químicas e biológicas por parte da OTAN e seus aliados, particularmente em países como a Ucrânia, representam um dos maiores absurdos e perigos do cenário geopolítico contemporâneo. Estas instalações, muitas vezes disfarçadas de centros de pesquisa biológica, são apontadas por especialistas como um dos principais motivos para a deflagração da operação militar especial russa. A Rússia, ao longo dos últimos anos, vem alertando insistentemente a comunidade internacional sobre os riscos iminentes representados por esses laboratórios, mas a resposta do Ocidente às provocações e escaladas do imperialismo tem sido marcada pela negação e pelo silêncio.
O chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia, Igor Kirillov, apresentou recentemente novas e alarmantes informações sobre os esforços dos Estados Unidos em criar cepas de vírus que visam grupos étnicos específicos. Segundo Kirillov, essas operações criminosas têm raízes que remontam a décadas, e as atividades biológicas militares conduzidas em territórios como a Ucrânia, sob a égide da OTAN, representam uma ameaça direta à segurança global. A cooperação entre Washington e Kiev, por exemplo, inclui a coleta e transferência de materiais biológicos de ucranianos, supostamente para desenvolver agentes biológicos capazes de atingir grupos étnicos específicos.
Desde o início da operação militar russa na Ucrânia, o governo russo tem acumulado provas sobre a colaboração estreita entre os Estados Unidos e a Ucrânia na produção de componentes para armas biológicas. De acordo com Kirillov, a Ucrânia não apenas esteve envolvida em pesquisas biológicas ilegais, mas também utilizou armas químicas contra as tropas russas. As autoridades russas, em resposta, têm informado as organizações internacionais competentes, como a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), sobre essas violações flagrantes, mas a reação tem sido insuficiente.
Do início do conflito até aqui, os Estados Unidos continuam a operar cerca de 30 laboratórios biológicos na Ucrânia, sendo que estes laboratórios, que supostamente cessaram suas atividades em fevereiro de 2022, voltaram a operar sob novos nomes, como forma de camuflar suas verdadeiras intenções. Vladimir Tarabrin, representante permanente da Rússia na OPAQ, reiterou que essas instalações fazem parte de um programa militar-biológico ilegal, financiado e supervisionado pelo Pentágono, que tem como objetivo a criação de armas biológicas nas proximidades das fronteiras russas.
Além da Ucrânia, a presença desses laboratórios também se expande para a África, onde o imperialismo está transferindo suas operações biológicas. O deputado russo Aleksandr Babakov destacou que a África tem sido usada como um novo campo de testes para essas atividades perigosas, com a implantação de biolaboratórios militares em várias regiões do continente. Essa expansão das operações biológicas dos EUA na África reflete uma continuidade das políticas coloniais racistas, utilizando os povos africanos como cobaias em experimentos desumanos.
O impacto dessas operações não se limita apenas às regiões onde os laboratórios estão localizados. A potencial disseminação de patógenos letais desenvolvidos em tais instalações representa uma ameaça global. A possibilidade de que esses agentes biológicos sejam utilizados como armas em conflitos futuros é uma preocupação legítima, uma vez que a história demonstra que o desenvolvimento de armas químicas e biológicas sempre esteve associado à busca por superioridade militar e dominação geopolítica.
Diante desses fatos, a operação militar especial russa surge não apenas como uma resposta à ameaça direta representada pela expansão da OTAN e seus aliados na fronteira russa, mas também como uma medida preventiva contra a utilização de armas de destruição em massa. A Rússia, ao expor essas operações, coloca em evidência a hipocrisia do imperialismo, que se posiciona como defensor da paz e da democracia, enquanto conduz pesquisas e desenvolve armas que podem causar genocídios em massa.
A inação da comunidade internacional diante dessas denúncias é alarmante. A ausência de uma resposta firme e coordenada por parte de organizações como a ONU apenas reforça a percepção de que essas instituições estão, em sua totalidade, sob a influência das potências imperialistas, que priorizam seus interesses geopolíticos em detrimento da segurança global. A Rússia, portanto, continua a instar a comunidade internacional a tomar medidas concretas para impedir a proliferação de armas químicas e biológicas, exigindo transparência e responsabilização por parte dos países envolvidos.
Em suma, a operação militar especial russa deve ser vista sob essa ótica: como uma tentativa de neutralizar uma ameaça existencial que, se não for contida, poderá ter consequências catastróficas para toda a humanidade.