Na sexta-feira (20), o Secretário Adjunto de Estado dos EUA, Kurt Campbell, e o primeiro-ministro do Níger, Ali Lamine Zeine, se comprometeram “a iniciar conversas em Niamei para começar o planejamento de uma retirada ordenada e responsável das tropas americanas do Níger”. Uma delegação americana irá para a capital do Níger nos próximos dias para organizar a retirada.
A maioria das aproximadamente 1.000 tropas norte-americanas está estacionada na Base Aérea 201 do Níger, uma instalação de US$ 100 milhões construída em 2016. As forças americanas usaram a base para lançar operações com drones em toda a região do Sael. Mas ele está desativada desde que os militares nacionalistas tomaram o poder em 2023.
O primeiro passo do governo nacionalista do Níger foi expulsar as tropas francesas do país, os tradicionais colonizadores. Mas fica claro que desde o princípio a ação dos norte-americanos foi neutralizada.
Em um protesto em Niamei no sábado (13), milhares de manifestantes exigiam que os EUA retirassem suas forças do país. A Synergie des Organisations de la Société Civile Nigérienne, que organizou os protestos, afirmou que um “número exponencial” de civis e soldados nigerianos foi morto pela “força de terror mercantil importada”. Ou seja, o grupo corretamente atribui os grupos armados, chamados de jiadistas pela imprensa, são fruto da intervenção imperialista.
O Níger não está sozinho no Sael, o Burquina Fasso e o Máli passam pelo mesmo processo. Eles inclusive criaram a Aliança dos Estados do Sael.