Nesta quinta-feira (04), Antony Blinken, chefe do Departamento de Estado, emitiu declaração apoiando expressamente a revolução colorida em curso na Geórgia, e ameaçando o país de sanções. Utilizou-se do pretexto da “democracia” de uma suposta “violência brutal” contra os manifestantes golpistas, que estaria sendo realizada por parte do Sonho Georgiano, partido que está no governo e que é alvo do golpe de Estado:
“Os Estados Unidos condenam veementemente a violência brutal e injustificada do Georgian Dream Party contra cidadãos georgianos […] Apelamos ao Sonho Georgiano para que cesse as suas táticas repressivas, incluindo detenções arbitrárias e violência física, numa tentativa de silenciar seus críticos […] Usaremos as ferramentas à nossa disposição para responsabilizar aqueles que procuram minar a democracia georgiana”.
O agente do imperialismo, Blinken, alega que “indivíduos detidos” o foram por “exercerem os seus direitos humanos à reunião pacífica e à liberdade de expressão”, mas não informa que os manifestantes golpistas fazem uso sistemático de coqueteis molotov, lasers com potência para cegar, pedras e fogos de artifícios.
No caso dos fogos, inúmeros vídeos divulgados em canais de telegram mostram que manifestantes usam lançadores que permitem disparar dezenas, ou mesmo centenas de fogos em seguida, contra as forças de segurança. Ainda no que se refere à violência dos golpistas, neste dia 05 de dezembro um manifestante foi detido após ataque a faca a um policial. Ao todo, mais de 150 agentes de segurança foram feridos, no esforço para conter a ofensiva golpista do imperialismo.
O apoio de Antony Blinken aos protestos na Geórgia, e as ameaças de sanção contra o país, atribuindo suposta violência brutal ao partido Sonho Georgiano, mostra inequivocamente a natureza imperialista (logo, não popular) das manifestações, sendo mais um caso de golpe de Estado, na forma de revolução colorida, perpetrado pelo imperialismo em sua atual ofensiva golpista mundial.