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Indústria bélica

EUA ameaçam embargar Avibrás caso seja vendida para China

Estatal chinesa Norinco estaria prestes a comprar 49% da gigante brasileira

De acordo com informações veiculadas na grande imprensa, o governo norte-americano estaria considerando impor um embargo à Avibrás Aeroespacial, uma das mais importantes empresas do ramo da indústria bélica no mundo. As sanções norte-americanas seriam impostas caso a Avibrás conclua a venda de 49% de suas ações para a estatal chinesa Norinco.

A Avibrás se encontra em uma situação de crise há anos. Atualmente, a gigante brasileira está em recuperação judicial devido a uma dívida de R$600 milhões. Nesse processo, os operários já entraram em greve em mais de uma oportunidade, denunciando como a recuperação judicial vem sendo utilizada para atrasar o pagamento de salários.

De acordo com a grande imprensa, a possibilidade de aquisição pela Norinco permitiria ao governo chinês ter acesso a tecnologia militar sensível norte-americana. O embargo, neste sentido, restringiria o acesso da Avibrás a produtos e tecnologias norte-americanas, essenciais para programas como o Astros do Exército Brasileiro, que dependem de componentes da Harris Corporation dos EUA para suas operações.

Embora nunca tenha sido uma empresa estatal, a Avibrás sempre fez parte de um trio de grandes empresas da indústria bélica brasileira, construindo equipamentos para a demanda nacional e mesmo para a demanda internacional. Além da Avibrás, a Embraer e a Engesa tiveram, ao longo dos anos, um importante papel nessa área.

Com a pressão do imperialismo norte-americano contra a indústria nacional, todo esse setor produtivo entrou em crise. No governo de Michel Temer, a Embraer chegou a ser vendida para a norte-americana Boeing, mas o processo acabou sendo interrompido. A Engesa, por sua vez, entrou em falência após a sabotagem norte-americana ao seu tanque de guerra Osório, que, a contragosto dos Estados Unidos, havia vencido um concurso para equipar o exército saudita.

A eventual compra da Avibrás por uma empresa chinesa é mais um sinal da decadência da indústria brasileira, que está em queda livre desde a metade da década de 1980. Sendo uma empresa não apenas importante para o próprio desenvolvimento econômico, mas também fundamental para a segurança nacional, ela deveria ser encampada pelo próprio governo federal, tanto para garantir os direitos dos trabalhadores, quanto para reerguer a indústria de defesa.

No entanto, o fato de ser uma empresa chinesa a mais cotada para comprar metade das ações da empresa também demonstra um outro aspecto da situação política mundial. Ao mesmo tempo em que há uma ofensiva neoliberal contra os países atrasados, há também uma reação de países como a China e a Rússia, que, diante da debilidade do imperialismo, estão conseguindo se impor no mercado mundial.

É daí que vem a necessidade do embargo à Avibrás. Para os Estados Unidos, é preciso impedir que os países rebelados contra a sua dominação aumentem sua influência sobre a América Latina.

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