Na quarta-feira (16), estudantes de universidades públicas argentinas intensificaram os protestos contra os cortes do governo fascista de Milei. Realizaram aulas públicas, ocupações e uma marcha. Na Universidade de Buenos Aires, várias faculdades realizaram aulas nas ruas. Milei justifica o ataque a educação com o “equilíbrio fiscal”. Mas até o Congresso admite que o impacto é mínimo, representando apenas 0,14% do PIB.
Os cortes atingiram principalmente os salários de professores e funcionários administrativos, já afetados pela alta inflação, que em setembro alcançou 209% em relação ao ano anterior. As manifestações, que incluem greves e ocupações de prédios, buscam pressionar o governo por melhores condições nas universidades públicas. Enquanto isso, sindicatos de professores planejam uma greve de 24 horas e outra de 48 horas nos próximos dias, em protesto à medida do governo.
O clima de efervescência nas universidades públicas segue com assembleias e discussões sobre uma possível manifestação nacional em Buenos Aires. Apesar da pressão, Milei reafirmou que não cederá às reivindicações e anunciou auditorias nas universidades, acusando-as de ocultar irregularidades. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que os protestos têm como objetivo desestabilizar o governo, comparando a situação à revolta chilena de 2019, e prometeu “não permitir tais desordens”.
A mobilização dos estudantes cresce e se radicaliza. O que falta é a política correta, lutar pela derrubada do governo golpista de Javier Milei. Sem essa linha política a vitória dos trabalhadores e dos estudantes não chegará.