Em um artigo publicado no sítio de notícias Piauí, com o título Os braços brasileiros da desinformação russa, a autora tenta traçar um panorama de que há muitos setores de desinformação russa contra o imperialismo. No entanto, o que se apresenta é nada mais que um monte de besteira sobre o avião militar russo que foi atacado enquanto levava três oficiais russos, seis membros da tripulação e 64 militares ucranianos.
Aqui dentro do Brasil, um grupo que a autora utiliza para justificar “os braços da desinformação russa” seria a Nova Resistência. Segunda ela, o Nova Resistência seria o mais engajado grupo na defesa do “Kremlin” nas redes sociais. Como ela mesmo afirma, o grupo é “tachado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos como uma organização neofascista“.
“Alinhando a doutrina de Dugin com as narrativas falsas do interesse do Kremlin, a NR ainda sustenta que “uma vitória russa [na guerra com a Ucrânia] acelerará o colapso da unipolaridade para o benefício de todos os povos oprimidos do mundo, incluindo o brasileiro”. afirma Nathalia Watkins.
O que dá para perceber é que se trata de uma jornalista ligada diretamente aos interesses do imperialismo no Brasil. Uma pessoa que já trabalhou na Veja e na Band News, a maior parte do tempo com reportagens internacionais e de políticas exteriores, sempre defendendo e repetindo as mentiras e falsificações da imprensa burguesa mundial imperialista contra os países oprimidos.
A cidadã em questão também se diz especialista em moderação de conteúdo nas redes sociais e trabalhou para as big techs como Twitter, TikTok e Microsoft. Essa questão de moderação em redes é claramente um modus operandi do imperialismo para cassar e censurar conteúdos contrários à política da burguesia na internet. Ou seja, estamos falando de uma pessoa completamente comprometida com o governo norte-americano.
Essa tentativa de associar a NR com desinformação pró-Rússia nada mais é do que um chamado para instituições policiais brasileiras perseguirem o grupo, mais do que já estão sendo perseguidos. Em outubro do ano passado, o departamento de Estado americano divulgou um relatório descrevendo o grupo brasileiro Nova Resistência (NR) como responsável por propagar “desinformação pró Kremlin” e ainda foi classificado como uma organização “neofascista”.
O documento foi produzido pelo Global Engagement Center. De acordo com o próprio sítio oficial do órgão americano, este teria como objetivo coordenar esforços com o governo dos Estados Unidos para “reconhecer, compreender, expor e combater” iniciativas estrangeiras de propaganda e desinformação, “destinados a minar ou influenciar” os EUA e seus aliados.
Por outro lado, além de a Nova Resistência ter negado todas as acusações, e o imperialismo e seus asseclas não terem produzido nenhuma prova para elas, é preciso deixar claro que no Brasil a liberdade de expressão é um direito constitucional, sendo que apoiar países oprimidos contra o imperialismo não é considerado crime aqui no país. A organização, como qualquer outra organização ou cidadão brasileiro tem o direito de defender quem achar justo.
Voltando ao documento produzido pelo imperialismo, vejamos trecho do mesmo:
“A Nova Resistência apoia ativamente regimes autoritários tanto à esquerda como à direita a nível global e promove os objetivos geopolíticos do Kremlin de desestabilizar as democracias e minar o sistema internacional baseado em regras”
A princípio o que chama a atenção é como pode o governo norte-americano estar espionando grupos brasileiros e não acontecer nada com eles. Esse tipo de espionagem se trata diretamente de um ataque à soberania nacional. O governo brasileiro deveria acompanhar de perto essas ações que vem direto do imperialismo contra cidadãos brasileiros e impedir qualquer tipo de perseguição ou espionagem.
Sobre a jornalista que se diz especialista em desinformação, temos que considerar que um artigo desse, claramente encomendado pelo governo norte-americano para atiçar instituições brasileiras contra a NR, nada mais é do que uma falsificação. Ou seja, ela mesmo está espalhando mentiras e calúnias contra o grupo NR, isto é, espalhando desinformação.
