O Estado de “Israel” é a maior fábrica de mentiras do planeta. Não é de se espantar, pois a falsificação da realidade é a única sustentação de um genocídio que dura mais de 75 anos. Após o lançamento da Operação Dilúvio de al-Aqsa, uma das maiores mentiras criadas pelo sionismo foi a de que o Hamas teria promovido “estupros em massa”. Ela já foi desmentida diversas vezes e agora o portal de imprensa Grayzone divulga novas provas de que foi tudo uma falsificação grotesca para atacar o Movimento de Resistência Islâmica, Hamas, e assim justificar o massacre na Faixa de Gaza.
A Associação de Centros de Crise de Estupros, ligada ao governo israelense, divulgou um novo relatório reafirmando a tese dos “estupros sistemáticos”. Esse relatório foi amplamente divulgado pela imprensa imperialista, como o The Guardian. No entanto, as fontes desse relatório já foram desmentidas. Uma delas é o artigo do New York Times, que até tirou do ar um do seus podcasts quando o próprio Grayzone revelou a farsa. A outra é o ZAKA, a ONG de extrema-direita que criou a história dos 40 bebes decapitados, dentre muitos outros absurdos. Não são apenas as fontes que não possuem crédito. Esse relatório foi financiado por grupos sionistas. Ele é parte do “Projeto 7/10”, que tem financiamento direto da AIPAC, o maior lobby sionista do planeta.
As fontes da falsificação
Dentre as falsificações do NYT estão o caso de Gal Abdush, que foi citada pelo jornal como vítima de estupro mas cuja própria família negou o caso e acusou o NYT de manipulação. Outra mentira é a de Guy Melamed, um paramédico reservista, que afirmou ter provas de estupros. No entanto, as vítimas que ele acusa ter examinado estavam carbonizadas, ou seja, não era possível provar nada e, além disso, elas provavelmente foram vítimas dos helicópteros apache dos israelenses que bombardearam a região da “rave” no dia 7 de outubro.
Esse mesmo israelense mentiu sobre outros acontecimentos em relação ao dia 7 de outubro. Ele, na verdade, é apenas um personagem dentre vários supostos socorristas israelenses que fabricaram histórias de atrocidades em 7 de outubro para ganhar notoriedade na imprensa, e também para fazer campanha pelo sionismo. O grande produtor desses personagens foi justamente a ONG Zaka. Uma organização cujo próprio Grayzone fez uma extensa pesquisa.
O ZAKA é liderado por Yossi Landau, e apenas se tornou notório novamente devido às suas “revelações” sobre o 7 de outubro. O próprio portal israelense Haaretz denunciou o ZAKA em diversos momentos. O jornal divulgou diversos casos de voluntários da ZAKA sem credenciais médicas manipulando cadáveres e misturando partes de diferentes cadáveres. Em um caso, os voluntários moveram um cadáver como “parte de uma encenação – uma exposição projetada para atrair doadores, exatamente quando a corrida contra o tempo para reunir e remover os corpos das vítimas do massacre [7 de outubro] era mais urgente”. O relatório da ACCE, citado acima, utiliza fontes do ZAKA 14 vezes!
Outra fonte usada pelo ACCE é uma pessoa chamada Sapir, uma suposta testemunha-chave da polícia israelense. Esta descreveu ao New York Times cenas de que só existem em filmes de terror como o caso de uma mulher que, após ser baleada nas costas no Festival de Música Eletrônica Nova, avistou combatentes do Hamas simultaneamente estuprando e esfaqueando uma mulher, depois cortando seu seio com um estilete e depois brincarem com ele. Sapir ainda afirmou que os combatentes cortaram o rosto da mulher, ao “estilo Hannibal Lecter”, e decapitaram outras três mulheres na sua presença.
O tal Sapir parece ter exagerado até para padrões israelenses. Novamente o Haaretz, desmentiu o caso: “investigadores não conseguiram identificar as mulheres que, segundo o testemunho de [Sapir] e outros espectadores, foram estupradas e assassinadas”. O superintendente da polícia israelense, Adi Edry, ainda afirmou ao jornal: “tenho evidências circunstanciais, mas, em última análise, minha obrigação é encontrar evidências que corroborem o depoimento [de Sapir] e identificar as vítimas. Neste estágio, eu não tenho esses cadáveres específicos”. O relatório do ACCE utiliza diversas “testemunhas” desse tipo como “provas” dos estupros.
Os financiadores do relatório
Os grandes financiadores do relatório da ACCE são a Fundação Familiar Charles and Lynn Schusterman, que doou milhões para projetos ligados a AIPAC, e as Federações Judaicas da Grande Miami. Esses dois também fazem parte dos principais financiadores do “Projeto 10/07”. Este consiste em “uma operação centralizada de comunicações que visa fornecer a redações e formuladores de políticas informações baseadas em fatos sobre a guerra [em Gaza]”, de acordo com o portal Axios.
O caso do relatório da ACCE é um dentre milhares de falsificações criadas pelo sionismo. Ele é emblemático, pois toda a sua farsa foi demonstrada com dados. Mas caso haja uma investigação acerca de cada mentira inventada pelo Estado de “Israel” será encontrada uma história semelhante por detrás. É apenas com um financiamento bilionário que envole a criação das mentiras, sua divulgação em massa e a censura da realidade que se pode sustentar o genocídio do povo palestino.