No ano de 2023, as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) assassinaram oficialmente 32 pessoas, quase cinco vezes o número do ano de 2022, um total de 7 assassinatos. O aumento de 357% é muito desproporcional em comparação ao aumento da Polícia Militar como um todo, que foi de 26%. O Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública e Controle Externo de Atividade Policial ainda possui um número de assassinatos da rota fora do serviço, em 2022, foram 12 e em 2023, 37. No entanto, não é possível acreditar nos números oficias no que tange os esquadrões da morte que são as polícias do Brasil.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, responsável pela PM, afirmou: “a gente não descontinuou nenhum contrato. Os contratos permanecem. Mas qual a efetividade das câmeras corporais na segurança do cidadão? Nenhuma”. Aqui é preciso concordar com o governador, não porque as câmeras por si só não teriam efeito, mas porque as suas imagens nunca são divulgadas. Isso ficou escancarado na chacina do Guarujá em 2023, que foi feita com as câmeras desligadas.
A solução para a violência policial não passa por policiar as polícias, mas sim por mudar completamente a forma como existem. Primeiro é preciso deixar claro que o problema da criminalidade tem origem social e por isso só pode ser resolvido com medidas sociais, nunca com repressão. Segundo que o aparato de repressão do Estado tem como único objetivo oprimir a população nas cidades e no campo. Por isso, ele deve ser substituído pela organização dos trabalhadores armados, que de fato tem interesse na sua segurança e são totalmente contra a política de execuções a sangue-frio.
A ROTA é uma polícia tão fascista que nem mesmo contêm os seus assassinatos ao estado de São Paulo. Em 8 de novembro de 2023, em Ponta Porã-MS, durante a Operação SULMaSSP, eles assassinaram uma pessoa. A SSP afirmou em nota: “ferido, o criminoso foi socorrido ao pronto-socorro regional, mas não resistiu ao ferimento. Com ele, foram apreendidos uma pistola calibre 765 e um rádio comunicador portátil. A instituição apura todas as circunstâncias relativas aos fatos por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM)”.
Como sempre, após assassinar um brasileiro, a polícia o taxa de criminoso e o julgamento dos assassinos é feito pela própria PM. Com essa estrutura, os policias tem liberdade total não apenas para assassinar trabalhadores, mas também realizar todo tipo de abuso. A polícia militar de longe é a organização que mais comete crimes violentos no País.