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Haiti

Entrevista com Pierre-Erick Bruny sobre crise no Haiti – Parte 2

Na segunda parte de nossa entrevista, Bruny explicou o programa do Malê para o Haiti, traçou paralelos com o Brasil e se solidarizou com a luta do povo palestino

No dia 12 de maio, o Diário Causa Operária (DCO) entrevistou Pierre-Erick Bruny, um dos fundadores do Movimento de Haitianos Livres e Independentes (Malê). Sobre a ocasião, publicamos uma breve resenha dessa conversa muito interessante. Após publicarmos a primeira parte da entrevista completa no último domingo (30), agora, prosseguimos com sua segunda e última parte.

Entrevista com Pierre-Erick Bruny sobre crise no Haiti – Parte 1

O histórico de intervenções estrangeiras no Haiti é desastroso, desde a ocupação norte-americana no início do século passado até a missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti de 2004 a 2017, no qual o Brasil teve participação vergonhosa. Há, atualmente, alguma força estrangeira no Haiti? Como você enxerga que ainda sejam feitas tais propostas, por exemplo, como a que acabou de mencionar? O Haiti é mantido pelos Estados Unidos, Canadá e a França e mais ainda uma organização que deveria ser uma organização que defende realmente o povo que é a ONU. Eles usam a ONU para colocar os países numa situação mais miserável. Na maioria das vezes que eles colocaram a intervenção militar nunca deu resultado. Nenhuma intervenção militar no Haiti deu o resultado. Por quê? A intervenção militar no Haiti não deu resultado porque não foi realmente para defender a população haitiana. A intervenção militar que vai acontecer agora, nós dentro Malê, nós não acreditamos que vai dar resultado. Por quê? Porque eles não têm conhecimento da situação do Haiti. E são uma intervenção que vai estar lá só para garantir o interesse dessas potências que eu citei.

Porque não são pessoas que vão realmente nos bairros para realmente ajudar a reconstrução do Haiti, ajudar realmente a na construção de uma força de segurança haitiana. Vou dar um exemplo pra você: a força que nós temos, especialmente os policiais, tem capacidade para realmente colocar segurança no país, só que a ordem não foi dada porque o responsável dessa parte é praticamente – é triste para eu como haitiano falar isso – responsabilidade da embaixada dos americanos, dos Estados Unidos. As decisões são tomadas lá. Ou seja, nós temos uma força, um exército que estão numa fase de construção. Já solicitamos para que eles possam realmente fazer uma intervenção no país para colocar segurança. Foi falado que não, não pode. Mas veja bem, se os policiais, os militares nacionais que são haitianos foram proibidos de entrar nos bairros para colocar segurança por que as forças externas, a intervenção vai dar resultado? Não faz sentido. Então, realmente nós entendemos que não vai dar resultado, nunca deu resultado e, na verdade, cada vez que nós temos uma ocupação, uma intervenção militar, deixa sempre o Haiti numa condição miserável muito pior. Deixa muitas crianças nas ruas sem pai. É uma situação que nós vivemos na última intervenção. É uma forma de colocar o Haiti numa situação mais precária do que está porque esses militares, eles cometeram atos de barbaridade, cometeram crimes, também cometeram abuso sexual com as mulheres haitianas, abuso sexual com as crianças. Então nós entendemos que vai ser uma situação pior e ainda é uma forma também de manter a corrupção porque eles usam aquilo para realmente gerar especulação financeira. Isso porque tem uma força então, olha, vai ter uma circulação de verbas, de dinheiro. Imagina, um militar vai ganhar pelo menos US$2,000 por mês e o policial haitiano não está ganhando US$200. Então dentro do Malê nós acreditamos que não é uma via razoável e infelizmente e muitos eles vão perder a vida lá, muitos, porque hoje em dia boa parte da população é consciente da realidade e não vão aceitar de forma pacífica essa intervenção militar dentro do Haiti na atualidade.

Foi cogitado levar cerca de mil oficiais da polícia queniana para o Haiti. Dado o papel que você descreveu da própria polícia haitiana agora, você diria que a polícia haitiana funciona de uma forma diferente que a da brasileira? Porque pelo que você está explicando, a intervenção vai no sentido de reprimir a população enquanto a polícia está impedida de fazer isso porque ela não pode intervir nos bairros. É assim, a polícia lá, os policiais são frutos da população. Os policiais moram nos bairros, eles não têm condição financeira para morar fora dos bairros. Eles conhecem a realidade dos bairros. Quando eles vão fazer uma operação dentro dos bairros eles tomaram um certo cuidado porque a mãe está lá, também o filho é de lá. “É a minha casa e depois que eu vou sair do trabalho eu vou entrar lá é lá que eu vou descansar”. 

Só que os militares, quando eles vão entrar, eles vão fazer o quê? Eles vão  assassinar o povo dentro dos bairros, que seria realmente contra o que nós acreditamos. E uma outra coisa. Não teria uma força de mais do que 2-3 mil quenianos no Haiti, mas nós temos mais de 10 mil policiais, mais que isso. E outras forças de segurança que nós temos. Por que não usar esses policiais para realmente fazer essa operação? Essa é a nossa questão, que é fundamental. Por que ocupar se só nos falta equipamento? Aquilo que nós já solicitamos. Porque faz mais que 10 anos que nós estávamos solicitando equipamento para os policiais. Até o equipamento que a gente comprou, em particular do Canadá, foi sequestrado. Nós não tínhamos realmente materiais suficientes para lidar com as gangues. O diretor-geral da polícia naquela época solicitou ajuda, mas não ajuda humano, ajuda técnica, de equipamento, de materiais, blindagem, essas coisas. Não deram. Fizeram um contrato com o Canadá para comprar esses materiais. Mas o Canadá não entregou apesar. Em mais que cinco, seis anos eles conseguiram entregar poucas coisas e já foi tudo pago. Os gangues estão a favor de quem e quem financia, quem está alimentando? Hoje, eu, como haitiano, dentro desse movimento. Nós entendemos e nós compreendemos que sempre foi assim. As gangues do Haiti são financiadas pelo mesmo sistema imperialista americanos. É um jogo de poder. Quem entrega balas, armas e munições para eles é o mesmo sistema americano. Por que eu digo isso? As gangues sempre foram usadas pelo sistema americano para manter o país nessa situação e outra coisa que comprova isso é que cada vez que os policiais querem fazer uma intervenção dentro dos bairros para tentar prender as gangues, a embaixada dos americanos diz: negativo, não vai acontecer. Então, eu diria que aqui realmente há uma diferença entre os policiais daqui [do Brasil] e do Haiti porque os policiais haitianos eles atenderam realmente eles fazem parte desse sofrimento do povo. Os policiais não escapam da realidade do povo, estão sofrendo e por isso é muito difícil encontrar policiais que vão oprimir a população da forma que realmente a intervenção sempre fez no país. 

Quais são as propostas do Malê para o povo haitiano? Obrigado pela pergunta. O Malê, como eu falei no início, tem um ano desde sua criação. Nós, dentro desse movimento, fizemos uma análise sociológica, política dentro da sociedade haitiana para ver onde está o problema. O Malê entende que o problema está nos seres haitianos. Por que eu digo isso? Para ficar firme diante do sistema imperialista temos que ter capacidade. Capacidade de construir uma resistência muito forte capaz realmente de fazer uma frente contra esse sistema.

Por isso que o Malê está trabalhando em dois sentidos. A educação para nós é fundamental. Essas gangues que estão aceitando, essas pessoas que estão aceitando favor, ser corrompido, para realmente vender o interesse da sociedade haitiana, nós não consideramos eles como haitianos porque nós entendemos que se eles fossem haitianos eles deveriam colocar em primeiro lugar o interesse da população, o interesse do Haiti. Então nós entendemos que construir haitianos capazes realmente de colocar algo bem comum antes de tudo. Capazes de construir um país que tem uma soberania. Nós temos que construir, o Malê tem essa proposta, de construir o haitiano para que esses haitianos possam construir um sistema educacional forte, um sistema econômico forte, uma agricultura muito forte capaz de responder às necessidades da população porque se nós continuamos fazendo por isso dessa mesma forma sem essa construção, sempre nós vamos ter pessoas que vão vender o Haiti por um visto, por um carro, por uma casa. Então o Malê tem essa primeira proposta de construir o haitiano.

Nosso projeto é ao mesmo de curto prazo e de longo prazo porque qual é nosso trabalho? É um trabalho realmente de colocar a gente numa posição capaz de suportar a pressão internacional porque se não tem haitiano que tem essa construção, como nós vamos suportar a pressão dos americanos, canadenses e franceses, que são grandes potências internacionais? Precisamos ter essa construção, é a primeira linha de trabalho.

Em segundo, a agricultura para nós é muito fundamental porque entendemos que o Haiti tem que ser capaz de dar seu povo condição de alimentação. É a necessidade básica, então hoje em dia estamos trabalhando na parte agricultora também como movimento. Mas, além de tudo, você sabe que a economia é muito fundamental para que o movimento possa chegar muito mais rápido. Nós temos barreiras financeira que nos impede, de ir mais rápido, da forma que nós queríamos, chegar ao poder. Porque nossa intenção também é chegar ao poder porque tem muitas coisas que nós queremos fazer e, sem a máquina do poder, nós não vamos conseguir fazer. Sem a estrutura do poder para renegociar os contratos que fizeram de forma eu diria unilaterais só para garantir o interesse dos americanos, das outras potências mundiais, nós não vamos conseguir reverter essa situação.

Hoje em dia estamos trabalhando em muitos países porque entendemos que haitianos, em qualquer país que estejam, têm uma parte de contribuição na reconstrução do Haiti. E ao mesmo tempo nós temos equipe lá no Haiti e estão indo encontrando as pessoas para fazer formação. Não de uma forma dogmatizar a população, mas a população tem que ser ideologizada, historicamente falando, politicamente falando porque se o povo é soberano, se é o povo que consegue realmente construir uma democracia, nós entendemos, se esse povo, não tem educação, não consegue alimentar, não tem saúde, não tem lazer, como nós vamos falar desse povo construir uma educação? Como esse povo também sem educação vai poder escolher os seus dirigentes? Então temos que construir o povo haitiano para realmente não cair nessa manipulação.

Hoje, o Malê está no Brasil, está nos Estados Unidos, está no Chile, está no Quebec, está na República Dominicana e nós estamos trabalhando dia e noite para que nós possamos mobilizar os haitianos para realmente construir dentro desses haitianos o sentimento de patriotismo. Tem uma desconstrução que foi feita no Haiti. Essa desconstrução é uma desconstrução cultural, é uma desconstrução histórica, é uma desconstrução total dos seres haitianos por uma educação que eles impõem à gente, escravidão, por uma economia que eles impõem à sociedade haitiana pelas intervenções militares. Ou seja, você tem uma boa parte da população que quer ser tudo menos haitiano. São pessoas que estão pensando como se fossem franceses, como se fossem norte-americanos, canadense. O haitiano parece que não pensa como haitiano. 

Nós temos a nossa tradição, a nossa cultura, nosso costume, então o haitiano tem que começar a pensar como haitiano para trazer solução como haitiano. É por isso que nós entendemos que sem essa construção cultural, intelectual e histórica o haitiano nunca vai fazer frente. Hoje em dia, parece que a maioria dos líderes haitianos têm um olhar de inferioridade. Ou seja, não são capazes de representar o representar o Haiti com a dimensão histórica do Haiti. É uma desconstrução moral, histórica que foi feita para que os haitianos lá no Haiti pensem no futuro, mas esse futuro é fora do Haiti. Então o Malê tem essa visão de demonstrar que o futuro não é fora, o futuro é aqui e não é ninguém, não são os americanos, não são os canadenses, não são os franceses que vão construir o Haiti para a gente, mas somos nós. Mas para chegar nisso a gente tem que fazer essa construção de seres haitianos em primeiro lugar. É nesse sentido que estamos trabalhando. É um trabalho complexo, difícil, mas entendemos necessário porque a minha geração, de jeito nenhum, nós não podemos deixar esse Haiti do jeito que está para as futuras gerações 

Você enxerga um paralelo entre a situação do Brasil e do Haiti? Eu vi na sociedade brasileira essa mesma situação. Até ontem eu tava falando com as pessoas: não somente o cidadão haitiano precisa ser construído, os jovens brasileiros também precisam ser construídos para assumir a responsabilidade. Os jovens dessa geração parecem não querer se envolver dentro da política para deixar um Brasil talvez melhor. Eu vi a mesma forma… 

Me parece que o sistema escravagista deixa de forma mental, de geração em geração, essa mentalidade. E aqui no Brasil não há muita diferença não em comparação ao que há no Haiti. Porque aqui há uma falta de solidariedade. O povo brasileiro, muitos falam, é muito solidário e realmente é, mas temos que analisar essa solidariedade em qual sentido. É uma solidariedade na construção de um projeto para o futuro ou é uma solidariedade para quando acontecem catástrofes naturais? Então eu vejo realmente essa solidariedade quando acontece algo, mas não para construir um projeto capaz realmente de mudar a sociedade, de mudar a estrutura do Estado. Tem uma citação que foi atribuída a Karl Marx que diz que o exército do sistema capitalista são os trabalhadores. Eles são exército de reserva do sistema capitalista. Aquele que não tem um emprego, eles são essa reserva. Mas hoje em dia há uma mudança nesse sentido. A reserva do sistema capitalista são os imigrantes e são os pequenos países que eu diria que as grandes potências mantém numa condição escravagista. Por quê? Veja que o cidadão brasileiro quer ir para fora para conseguir uma situação melhor. Não é uma questão de negros e brancos, vocês estão na mesma situação. Mesmo que tenha um imigrante que venha da África, da Venezuela  ou de Cuba para vir pra cá, você vai ter imigrantes brasileiros que vão tentar chegar nos países europeus. Nos países europeus, os imigrantes brasileiros são essa reserva do sistema capitalista. Então, na verdade, estamos aqui para mesma luta só que a sociedade, os jovens, a minha geração, tem que entender que é uma luta constante e comum. Não é porque eu sou haitiano, você é angolano e você é brasileiro. Não. Estamos lutando pela mesma causa porque nós fomos colocados na mesma condição de escravidão porque a escravização não acaba, só muda de figura. Só muda a forma de escravidão, mas continua sendo. Então, dentro da sociedade brasileira, muitos brasileiros estão vivendo na condição de miseráveis. Mas a sociedade tem consciência disso?

Então eu faço um paralelo com a situação do Haiti. Obviamente a nossa situação é mais precária que a do Brasil, mas eu diria o sistema é o mesmo. Tanto brasileiro quanto o haitiano, estamos aqui pela mesma causa.

A luta do povo palestino por sua soberania é uma inspiração para você? Para nós eu diria que sim porque a resistência deles diante da barbaridade que está acontecendo lá  é fundamental para gente. Para ver realmente que é um povo que realmente sabe porque eles estão lutando. Eles têm essa causa dentro da alma. É por isso que eu falei que a gente tem que construir o haitiano. A causa não pode ser uma causa qualquer, é uma causa que tem que estar dentro de você, que você possa falar “eu posso colocar minha vida na mesa por essa causa”. 

Nos enxergamos nos palestinos como realmente não é nossa vida que importa aqui, é nossa causa. E é triste de ver o que está acontecendo em Gaza, na Palestina e ver a ONU, os países ocidentais, apoiando o genocídio dessa população. Mas eu me pergunto: se fossem os palestinos que estivessem fazendo isso contra os israelenses? Já haveria muito mais condenações, talvez já tivesse até acabado. Então, essa política internacional não é uma política que representa realmente o povo, é uma política que representa o sistema ocidental capitalista. Não tem nenhuma condenação contra o Israel como se fosse tudo normal, mas se fosse a Rússia já teria milhares de condenações. Mas, ao mesmo tempo, o que o primeiro-ministro de Israel está fazendo é muito pior do que o que está acontecendo [na Ucrânia]. Eu não diria que tem uma guerra melhor do que outra. Todas as guerras são terríveis porque a vida das pessoas é que está na mesa, milhares de pessoas, crianças, mulheres. Mas por que não defender os palestinos? Será que eles não são seres humanos? Eles não têm dignidade também de ter realmente um país para viver, de ter soberania? Isso é fundamental e nós não podemos ficar calados. É muito triste ver governos que ficam passando pano sobre essas barbaridades que estão acontecendo no mundo. Se nós olharmos a República Democrática do Congo, estão acontecendo barbaridades lá também junto com Ruanda, porque os países ocidentais imperialistas usam Ruana para usufruir do Congo. Mas cadê as sanções? Não tem. Em vez de sanções, a União Europeia colocou mais de 22 bilhões de dólares na conta de Ruanda. É a mesma coisa. Nós realmente enxergamos na resistência palestina algo surpreendente que nos falas lembrar de quando nossos parentes eram escravos, quando eles realmente lutavam contra o exército inglês, contra os espanhóis, contra a França. Era uma resistência por uma causa, pela liberdade. Mas não era uma liberdade somente para os haitianos, era uma liberdade universal, uma liberdade para todos os povos do mundo. É por isso que aqui em Toledo, no dia 18 (de maio) nós vamos comemorar a festa da bandeira do Haiti, mas eu convido todo mundo. Por quê? Porque a bandeira do Haiti é a bandeira da liberdade, é a bandeira de todos, então todos têm que comparecer nessa festa.

A luta dos palestinos não é somente deles, é de todo o mundo. É muito triste ver país que poderiam realmente apoiar a Palestina passando pano para um sistema criminoso que está matando milhares de crianças e mulheres na Palestina.

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