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Universidade Marxista

Entenda o que é o capital financeiro e o papel dos bancos

Nesta terceira aula, Rui Costa Pimenta explicou sobre a fusão do capital bancário e do capital industrial, fazendo surgir um novo tipo de capital, o financeiro

Nessa quinta-feira (1º), foram retomadas as aulas do curso Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo – Conceitos Fundamentais, que está sendo ministrado como parte da 50ª Universidade de Férias da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR).

A terceira aula foi iniciada com Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária (PCO), retomando rapidamente os temas das duas primeiras aulas, qual seja, os monopólios industriais e suas características fundamentais. Então, passou a expor o tema desta aula: os bancos.

Segundo Pimenta, eles têm um papel especial no capitalismo monopolista, pois é neles que se concentram o capital mundial de toda a classe capitalista. Os bancos são os monopólios que detém todo o capital dos capitalistas.

Assim, ocorre uma mudança de qualidade na própria natureza dos bancos, pois na época do capitalismo de (relativa) livre concorrência, o papel dessas instituições era limitado a serem intermediários financeiros, recebendo depósito, fazendo empréstimos etc. Uma vez que se tornam monopólios, deixam de ser meros intermediários.

Pimenta apontou que essa concentração imensa de capital, que acaba resultando na fusão do capital bancário com o capital industrial, resultando no capital financeiro, é o segundo aspecto fundamental da transformação do capitalismo livre em capitalismo monopolista.

A capitação é tão imensa que é difícil saber o nível de concentração do capital atualmente, principalmente devido ao fato de que os grandes bancos, no sentido do capital financeiro, investem em uma série de outros bancos menores, e estes investem capital em outros menores ainda, e assim por diante.

Ou seja, a concentração de natureza monopolista acontece mesmo que haja uma diversidade de bancos e empresas, de forma que não é necessário que capital financeiro seja acionista majoritário das empresas que ele controla.

Essa fusão do capital bancário com o financeiro resulta em um fenômeno cuja compreensão é fundamental para se entender o imperialismo, isto é, que as empresas passam a ser controladas pelos bancos, isto é, pelo capital financeiro.

Outro ponto fundamental de ser compreendido é que o capital industrial e o capital bancário não conseguem mais operar em separado. Tudo vai ser em conjunto. O capital não vai ser nem bancário, nem industrial. É literalmente a fusão de ambos. De forma que o capital financeiro não é apenas o capital dos bancos, e nem apenas da indústria. Não há mais apenas capital de uma indústria ou banco, mas um capital que controla os setores fundamentais da economia capitalista.

O capital financeiro, então, representa um nível de controle por parte do capital bancário como nunca existiu antes. Trata-se de um controle ditatorial, de natureza totalitária, conforme apontado por Rui Pimenta. E, para que esse controle seja realizado, o capital financeiro necessita de força física real. E esta força física vem dos Estados nacionais, que passam a ser Estados imperialistas, quando estes representam os interesses dos monopólios financeiros.

Durante a aula, o dirigente do PCO também faz uma importante caracterização a respeito do capital financeiro, esclarecendo que é como se ele fosse um organismo parasitário em relação ao resto dos setores, em especial do capitalismo tradicional. Afinal, o capitalismo tradicional, de livre concorrência, ainda continua existindo na época do imperialismo. Contudo, nessa época, quem controla toda a economia mundial é o capital financeiro monopolista.

Ademais disto, o presidente do PCO fez questão de destacar algo de suma importância, especialmente na atual conjuntura política: qualquer coisa é melhor que o imperialismo. Assim, nenhum regime dito autoritário de algum país oprimido não chega nem perto da monstruosidade do imperialismo. Assim, militantes revolucionários jamais devem cair nessa artimanha da burguesia, que propagandeia o imperialismo como sendo democrático, e governos nacionalistas de países oprimidos como sendo autoritários

Por fim, a responder perguntas do auditório, Rui Pimenta frisou que não há a mínima possibilidade de surgir um novo imperialismo. O imperialismo será derrotado unicamente pela revolução socialista mundial, pela classe operária mundial e sua mobilização revolucionária.

Nesse sentido, comentou que países atrasados como a Rússia e a China podem enfraquecer o imperialismo, de forma a facilitar a revolução mundial, mas eles nunca substituirão os EUA, Europa e Japão como um novo imperialismo. Assim, revolucionários jamais podem cometer o erro de considerar Rússia e China como imperialistas, ou mesmo aventar a possibilidade de eles se tornarem um novo imperialismo.

Da mesma forma, tais países, por mais forte que sejam (para países oprimidos), não irão derrotar o imperialismo. Assim, não se pode cometer o erro de acreditar na mitologia do mundo multipolar

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