Leio três peças:
A primeira, um chinês bojudo
A segunda, o cavalo selado
A terceira, a donzela desonrada.
Danço no contratempo das paradas
e ouço o sibilar dos encantos.
Há um espaço breve, contudo.
E a peça se estraga:
Sou extraviada pelo silêncio.
A vida que move, breve-um passo,
O braço das quimeras, sereias,
Traço-ante-traço.
Uma beleza ínfima, um vulcano laço,
Jogada ao barro,
Repique-pisada.
A vida inerte, solerte se incendeia
Meio-a-meio,
Alma-armada encerra o primeiro laço.
Dentro dos desiguais,
Da horda toda das incertezas,
Dos segredos, dos incestos.
A bela, satisfeita, dá-me dois caminhos.
Dentro de tudo,
Do meio servil inteiro.
O calor inerte, latente.
Sigo o primeiro.
Certa sobrevida do segundo, instante de silêncio.
Do mero minuto de coragem,
Na fina flor, do espinho lasso.
Encontro o cavalo no arrebol.
Beleza fina
No aceso, apago.
De três danças e dois passos.
O material puro.
Efetivo.
As tendências:
A incerteza.
O trabalho.
A certeza:
A viagem,
A estada,
O fim dos tempos.
Um velho sábio
negros cabelos de guerra fechada
Nenhum palavra, silencio o léxico.
Uma duas horas de normalidade,
E deixar-se na torrente rente.
Na ilusão – no rio claro.
Sobre não ser ninguém.
Sobre ser.
E nada…
Um entendimento histórico de fundo
Algumas quimeras.
E o entendimento das quimeras.
Mais belo que um peixe
É o rio que o leva.