A Enel atende, em São Paulo, uma população de aproximadamente 23 milhões de pessoas, o que equivale a 10,3% de toda a energia consumida no Brasil. A empresa também atua no Rio de Janeiro e no Ceará, onde as reclamações são as mesmas: falta de energia inesperadamente e demora para atender, ou para religar. Hoje a empresa opera em 30 países, nas Américas e na Europa. Desde que passou a operar no Estado de São Paulo, a Enel obteve um lucro líquido de R$ 4 bilhões.
A Enel é uma empresa alemã e está no Brasil desde 2005. As reclamações nos últimos anos tem sido gigantescas e desde 2018, a empresa reduziu os investimentos em funcionários e na manutenção da rede elétrica em São Paulo, que apenas em 2023 caiu quase 10%. Em 3 de novembro de 2023, ocorreu o apagão mais grave da capital, que deixou 2,1 milhão de clientes sem energia elétrica durante dias, com os casos mais extremos atingindo semanas.
Houve relatos de residências e estabelecimentos comerciais que ficaram sem luz por dias. Em razão dos péssimos serviços, a empresa foi multada em mais de R$ 165 milhões, totalizando um valor irrisório de R$78,57 por cidadão que ficou sem o serviço.
A empresa tem registrado lucros astronômicos. Em São Paulo, passou de R$777 milhões ao fim de 2019 para R$1,3 bilhão ao término de 2023, distribuindo R$400 milhões em dividendos aos acionistas.
Os episódios mostram que a terceirização de empresas estatais é prejudicial à população que, mesmo diante dos pagamentos feitos religiosamente, fica a mercê dos baixos investimentos de empresários interessados apenas nos lucros.