Em momentos de calmaria, a imprensa burguesa, às vezes, consegue falsificar um semblante de seriedade. No entanto, basta o estouro de crises fundamentais que a podridão sai descontroladamente dos esgotos que são as redações dos tais jornais “profissionais”. Enquanto o grosso da população se horroriza com as imagens monstruosas da violência covarde dos sionistas, os jornalecos da burguesia brasileira se ajoelham e vomitam sem pudor algum as falsificações mais ridículas espalhadas por funcionários do autoproclamado Estado de “Israel”. Um caso recente marcante foi a repugnante peça de propaganda pró-sionista publicada no portal Poder 360, sob a alcunha de entrevista com Daniel Zonshine, “embaixador” da ocupação fascista na Palestina baseado no Brasil.
Apoiado num relatório fraudulento do covil de criminosos que são as Nações Unidas, o amigo de Bolsonaro procurou justificar o morticínio promovido pelos covardes “soldados” sionistas na faixa de Gaza. Vale um comentário acerca do tal “relatório”: este foi resultado de uma missão liderada por Pramila Patten, representante Especial da ONU para a Violência Sexual em Conflitos. Trata-se da mesma figura que, sob ordem de seus patrões do Partido Democrata, forjou um relatório “confirmando” que o estupro era uma arma de guerra utilizada pelos russos na Ucrânia, aí incluso o estupro de crianças e idosos. Ou seja, a sua validade é nenhuma.
“A narrativa que o Hamas está tentando promover é que Israel é o agressor. [Eles tentam] minimizar a parte que começou, que foi a razão para [essa] guerra”, disse Zonshine. Aparentemente, o assassinato em massa indiscriminado de civis por mais de cinco meses não faz de seus perpetradores “agressores”. Além disso, não é como se o sionismo não estivesse martirizando a população palestina há mais de cem anos. Tudo foi começado “pelo Hamas”, segundo o sionista. O desespero do sionismo de ver desmascarado o seu nazismo tem um quê de profundamente patético, que se estende naturalmente ao jornaleco que se propõe a defender essa doutrina supremacista em plena putrefação.
O funcionário do carniceiro Netanyahu, e o Estado farsa que ele representa, ficou aparentemente decepcionado com organizações de direitos humanos pela “falta de uma reação ‘decisiva e rápida’ sobre os atos de violência sexual cometidos pelo Hamas”. Ainda que muitas dessas tais organização sejam financiadas pelo dinheiro de sangue do imperialismo, a necessidade de manter a máscara faz com que seja impossível aderirem integralmente à peça de ficção escrita pelos serviços de inteligência sionista. Infelizmente, para Zonshine, a realidade se tornou conhecimento de uma parte significativa das massas ao redor do mundo todo.
O teatro constrangedor continua com a negação por parte do “embaixador” dos estupros cometidos pelos soldados “israelenses”. Ainda mais quando lideranças militares sionistas defenderam abertamente o estupro a “gentias” em tempos de guerra, para não dizer, é claro, do amplo histórico dentro das próprias Forças de Ocupação “Israelenses”, em que muitas soldadas foram estupradas por seus “colegas”. Ele disse:
“Com certeza não há nenhum estupro ou coisas desta natureza. Isso, com certeza, não acontece. Às vezes, pode haver uma revista íntima, mas não há um ato de humilhação ou sexual. Se há situações em que é necessário procurar coisas de maneira íntima, fazem isso com todo o respeito. Mas não há contexto sexual nem de violência sexual.”
A matéria termina com um “melhores momentos” da entrevista, em que as mentiras de sempre são repetidas à exaustão: os estupros das reféns nunca demonstrados, a ideia dos escudos humanos do Hamas e que Israel não mata civis intencionalmente, entre outras barbaridades. Uma que ainda não tinha visto antes é a de que “pode ser que tenha mulheres grávidas [por estupro]”, ao tratar do tema dos prisioneiros “israelenses”. A imaginação de Zonshine é um tanto frutífera para inventar mentiras repugnantes. Melhor, no entanto, seria se os delírios de Zonshine acontecessem muito longe do território brasileiro. O governo Lula deve expulsar este genocida, funcionário de um “governo” estrangeiro conspirando com a oposição contra o governo brasileiro; que seja mandado de volta de onde veio.