Nessa quarta-feira (18), ao menos 14 pessoas foram assasinadas e outras 450 ficaram feridas no segundo dia consecutivo de ataques terroristas de “Israel” ao Líbano. Desta vez, as mortes e ferimentos foram causados por explosões causadas a rádios bidirecionais, comumente conhecidos como walkie-talkies.
De acordo com um correspondente da rede libanesa Al Mayadeen, explosões foram relatadas em Beirute, no Sul do Líbano e no Vale do Beca. Carros, motos, lojas e casas em todo o país pegaram fogo em meio ao impacto das explosões.
O Exército libanês pediu aos cidadãos que evitassem aglomerações em espaços públicos devido à operação de segurança e que abrissem caminho para as ambulâncias e facilitassem seu caminho até as vítimas. Enquanto isso, o primeiro-ministro interino Najib Mikati pediu a convocação de uma sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os ataques israelenses ao Líbano, acrescentando que uma queixa já foi apresentada.
“Nenhum ser humano pode expressar a brutalidade desse crime”, disse Mikati.
De acordo com a Al Mayadeen, os ataques terroristas israelenses ocorreram enquanto as forças de ocupação bombardeavam o sul do Líbano.
De acordo com o portal norte-americano Axios, os ataques terroristas perpetrados por “Israel” tinham como objetivo “aumentar a paranoia e o medo nas fileiras do Hesbolá e pressionar a Resistência libanesa a mudar sua estratégia na frente norte.
“O objetivo era convencer o Hesbolá de que é do seu interesse se desconectar do Hamas e fechar um acordo separado para encerrar os combates com Israel, independentemente de um cessar-fogo em Gaza”, afirmou a fonte.
Nessa terça-feira (17), vários aparelhos conhecidos como pagers (em inglês) ou bipes explodiram simultaneamente no Líbano, dando início a sequência de ataques terroristas perpetrados por “Israel”. O incidente inédito deixou nove pessoas mortas e pelo menos 2,8 mil feridos.
Imediatamente após a notícia das explosões correrem o mundo, o Hesbolá se pronunciou, responsabilizando “Israel” integralmente. O partido alegou que as explosões simultâneas foram resultado de um ataque cibernético. No pronunciamento, o Hesbolá afirmou que os mártires e feridos inspiram a luta pela libertação da Palestina e reforçam a necessidade do povo libanês continuar o seu apoio no campo de batalha no norte da Palestina ocupada.
O Hesbolá ainda prometeu retaliar a ocupação sionista pelo ataque.
“O inimigo traiçoeiro e criminoso, sem dúvida, enfrentará sua justa punição por esse ataque hediondo, de maneiras esperadas e imprevistas”, diz o comunicado.
A cada dia que se passa, aumentam as expectativas de uma guerra total entre “Israel” e o Líbano. Pouco após a explosão dos walkie-talkies, em pronunciamento que teve o resultado prático de uma admissão, o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu afirmou que vai garantir que moradores do norte de “Israel” (fronteira com o Líbano) deslocados por conta dos conflitos com o Hesbolá voltariam para casa.