Nunes era vice de Bruno Covas, do PSDB, e virou prefeito. Nunes é do MDB, o partido de Michel Temer, o golpista que era vice de Dilma Rousseff e virou presidente. A doença matou Covas e Nunes assumiu, Temer matou a chamada “democracia” brasileira e assumiu.
Enquanto Temer dava o golpe no governo eleito, o que fazia a chapa Boulos-Marta? Boulos aparecia na golpista Folha de S.Paulo dizendo que o “governo Dilma é indefensável” e chamando gente pra rua pra um tal de “Não vai ter Copa”.
Já Marta Suplicy, então no PT, abandonou o barco no momento mais crítico do golpe e foi parar onde? No MDB de Michel Temer. Se Temer é golpista – e é mesmo -, Marta é traíra e golpista.
E foi assim até ontem. Mais precisamente, nesse meio tempo, Marta pulou para outro galho, o Solidariedade, partido de Paulinho da Força. Falando em golpista, Paulinho foi o mais entusiasmado defensor do golpe, deve até ter rejuvenescido de tão alegre que ficou com a derrubada de Dilma.
Foi no Solidariedade que Marta ganhou um bom cargo de… secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo no governo de Bruno Covas e Nunes.
E foi diretamente do gabinete da prefeitura de Nunes que Marta saiu para virar vice de Guilherme Boulos e voltar ao PT.
Assim, constituiu-se mais uma chapa de situação, ou talvez devêssemos chamá-la de chapa Nunes 2.
A chapa Nunes 1 é puro-sangue, tem o MDB à frente e o próprio Ricardo Nunes na cabeça. A chapa Nunes 2 é híbrida, tem uma Nunes de saia como vice e um golpista cor de rosa à frente.
De esquerda, a chapa Nunes 2 não tem nada. O PT que está ali não é PT, é um MDB. E Boulos é apenas um personagem fabricado para se passar por esquerda. O trabalho da Folha de S.Paulo desde o “Não vai ter Copa” não foi em vão.
Em suma, o que está em jogo na eleição de São Paulo é escolher entre a chapa Nunes 1 e a chapa Nunes 2.
Não, obrigado!