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Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e faz parte da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

Coluna

Em defesa dos empregos da categoria bancária

Segundo o Novo Caged, que analisa a movimentação do emprego no País, os dados do ramo financeiro são extremamente alarmantes

28,6 o estarrecedor número do desemprego, pela crise capitalista e pela pandemia

Para a categoria bancária, que já se prepara para a sua próxima campanha salarial, cujo Acordo Coletivo de Trabalho finda-se no último dia do mês de agosto, uma das questões de extrema importância da luta pelo atendimento das suas reivindicações é justamente a questão do emprego.

A política dos banqueiros que, ano após ano, com a implementação das famigeradas reestruturações, que acontece em praticamente todos os bancos, de demissão em massa dos trabalhadores bancários precisa ser combatida e cessada imediatamente nessa campanha salarial de 2024.

De acordo com o Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, que analisa a movimentação do emprego no País, em relação ao comportamento do emprego no Ramo Financeiro, os dados, como sempre, são extremamente alarmantes.

No quesito da movimentação do emprego bancário, no acumulado dos últimos 12 meses foram fechados definitivamente 3.325 postos de serviços bancários, ou seja, foram mais de 3 mil demissões e eliminadas, definitivamente, essa quantidade de vagas bancárias.

Mas, os ataques não param por aí; os dados do Caged revelam a política reacionária dos banqueiros pela obtenção do lucro a qualquer preço, quando se verifica que o número de demissões são muitos maiores. No total de desligamentos nos últimos 12 meses foram de 41.970, significa que, dezenas de milhares de pais de famílias foram jogados no olho da rua por conta dessa política desses parasitas sanguessugas do sistema financeiro, e foram admitidos 38.645 novos trabalhadores, o que perfaz a diferença dos 3.325 fechamentos definitivos de vagas. Lembrando que, essas “novas contratações” já é uma jogada antiga dos banqueiros que eliminam os funcionários mais antigos que detém um salário um pouco melhor devido a sua antiguidade na casa, contratando novos funcionários com vencimentos que, em certos casos, chega a ser a metade dos mais antigos.

Além disso, uma das questões que deve chamar a atenção dos bancários é que, da mesma forma que estão demitindo em massa os bancários e eliminando postos de serviços aos milhares, em contrapartida, no que se refere ao emprego do Ramo Financeiro, excluindo a categoria bancária, está havendo uma alta muito significativa. Os mesmos dados do Caged apontam que nos últimos 12 meses foram criados 24 mil postos de trabalho neste ramo. Isso significa que os banqueiros estão contratando trabalhadores terceirizados, com a criação das tais fintech, etc.

A grande tarefa nesta campanha salarial, também deve ser no sentido de unificar, sobre uma mesma base, os trabalhadores contratados e terceirizados impedindo a divisão da categoria e o enfraquecimento da sua organização sindical de luta. É preciso fazer com que cada trabalhador compreenda que o rebaixamento dos terceirizados é um esquema patronal principalmente para atacar o trabalhador efetivo.

Além disso, diante da ofensiva dos banqueiros, a luta pela estabilidade no emprego deve ser uma reivindicação fundamental para a categoria bancária nesta campanha salarial. Uma das principais bandeiras a serem levantadas pelos bancários.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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