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Eleições municipais

Em carta farsesca, Boulos reafirma seu servilismo aos bancos

Candidato do PSOL tenta imitar Lula em episódio lamentável de 2002, mas nem isso consegue fazer

Nessa segunda-feira (21), Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, divulgou uma carta aberta à população intitulada Carta ao Povo de São Paulo. No documento, Boulos pede um “voto de confiança” e tenta imitar a famigerada Carta ao Povo Brasileiro de Lula, publicada em 2002. Desesperado, a menos de uma semana para as eleições, o candidato se apresentou como o homem do “diálogo”.

A Carta ao Povo Brasileiro de Lula já se tornou, no interior da esquerda, como um sinônimo de capitulação – e, para alguns, até mesmo de traição. No documento, o petista se compromete com a política neoliberal, a mesma que havia sido responsável pela morte de 300 crianças por dia durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Boulos recorrer ao mesmo expediente já é algo que, por si só, cheira muito mal.

A diferença, no entanto, é que Boulos não surpreendeu ninguém em seu discurso, pois já não tinha mais nada de novo para apresentar. Durante sua campanha, Boulos rastejou tanto aos pés da Faria Lima que nem tinha mais o que conceder ao mercado financeiro. Boulos não precisa de uma bênção dos banqueiros para a sua candidatura, ele já a tem antes mesmo de começar a eleição. O psolista, que ganhou projeção ao liderar movimentos golpistas contra o Partido dos Trabalhadores (PT), prometeu ser o prefeito que terá o “menor número de ocupações” na história de São Paulo, conforme declarou em sabatina ao Estado de S. Paulo. Além disso, passou a defender o “empreendedorismo” e se recusou a defender o povo palestino, vítima de um dos piores genocídios da história da humanidade.

Para ser justo, a única novidade introduzida por Boulos em seu discurso é a promessa hiper-demagoga de que irá dormir na casa de eleitores na periferia, um gesto ridículo que soa mais como desespero de campanha, uma confissão de uma total falta de conteúdo político. Na incapacidade de defender os interesses do povo, nada melhor do que uma jogada de marketing.

Na reta final de sua campanha, Boulos apenas reforçou, para que ninguém tenha mais dúvidas, o quanto é um político reacionário. Suas ações e declarações recentes comprovam que, longe de ser uma liderança da esquerda, Boulos encarna o que há de pior na política burguesa. É apenas alguém que fala o que é conveniente no momento para garantir votos, alguém que é capaz de defender o aumento da repressão policial, de defender as reintegrações de posse e de defender o golpe do “empreendedorismo”. E que, na última semana de campanha, de tão comprometido com a burguesia, já sem mais o que dizer, apenas vai a público não para defender alguma proposta, ainda que demagógica, para a população, mas sim, para dizer em alto e bom som que é apenas mais um candidato do regime.

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