O Partido da Causa Operária (PCO) retoma nesse sábado (16) seu calendário de atividades culturais com uma atração especial, voltado novamente ao Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Em São Paulo, a atividade ocorreu no último dia 9, contando com um debate (assista aqui) ministrado pelas coordenadoras do coletivo de mulheres do Partido, Rosa Luxemburgo: Izadora Dias, Stefania Robustelli e Natália Pimenta.
Ocorrido no Centro Cultural Benjamin Perét, o evento da Capital paulista teve como eixo central a mulher palestina, simbolizada na jornalista palestina e mártir, Shireen Abu Aklé. Palestina, mas tendo também cidadania norte-americana, Aklé era uma veterana repórter com décadas de experiência dando cobrindo o genocídio de seu povo na Faixa de Gaza e também na Cisjordânia e, ao mesmo tempo, informando tudo o que a ditadura sionista da rede de TV catariana Al Jazeera, ganhando muito popularidade durante a Segunda Intifada (levante palestino que durou de 2000 a 2005). Assassinada em 11 de maio de 2022, enquanto cobria um massacre sionista no campo de refugiados de Jenin (Cisjordânia), a jornalista foi homenageada por Dias, Robustelli e Pimenta.
Além disso, a atividade serviu para derrubar mentiras e toda a campanha de calúnias contra o principal partido da luta pela libertação da Palestina: o partido Movimento Resistência Islâmica (Hamas). Durante a fala de Robustelli, a militante lembrou que os sionistas apresentam-se como grandes “feministos”, mas tem uma realidade no interior de seu país que depõe contra tal propaganda:
“Em outubro de 2020, as forças armadas israelenses divulgaram dados de agressões sexuais ocorridas entre os militares, com 1.542 queixas de violação sexual, atos obscenos e casos de distribuição de fotos e vídeos íntimos das mulheres do exército israelense. São várias as denúncias, que ocorrem sistematicamente, no próprio exército e de todas essas acusações, menos de 35 viraram acusações formais. Durante uma discussão no próprio parlamento israelense, a parlamentar Emillie Moatti destacou falhas contínuas no tratamento da agressão sexual por parte das forças armadas dentro das suas próprias fileiras, ‘mais de 1500 reclamações por ano sobre assédio sexual nas Forças Armadas de ‘Israel’ e estas são apenas algumas que se atrevem a reclamar’.”
Para difundir a discussão realizada em São Paulo e fortalecer a luta ideológica contra o identitarismo em todo o País, a começar pelas regiões sul e sudeste, que contarão com os primeiros debates. A previsão do Partido é que o debate ocorra em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, nas capitais dos respectivos estados.
Um dos responsáveis pela organização dos debates, o jovem militante Arthur Cesconetto, reforça a importância desta e outras atividades dos Sábados Culturais “para a defesa dos palestinos, organizado em pleno Ramadã”.
“O Partido da Causa Operária está retornando, em todo o Brasil, debates e outras atividades culturais, como a que fizemos em São Paulo com a banda Revolução Permanente. Uma série de eventos que fazem parte do calendário de mobilização do Partido, que se tornam ainda mais importantes neste momento da campanha em defesa da Palestina.
Nossa intenção com o Sábado Cultural é marcar uma série de atividades mensais impactantes, voltadas às pessoas dispostas a se inserir na luta em defesa da Palestina. Os eventos culturais possibilitam debater política com pessoas novas e também para confraternizar, estar em contato com novos companheiros, o que é fundamental para gente construir um grupo coeso e que de fato lute pelos companheiros palestinos.
Esse Sábado Cultural atende, por fim, a convocação do Hamas, sendo parte de uma campanha internacional em defesa da Revolução Palestina. Até o final do Ramadã, a gente fará diversas outras atividades, para o próximo mês já temos outro debate sendo organizado e assim manteremos, todos os meses, pelo menos uma grande atividade em todos os estados para mobilizar aqueles que querem se organizar e lutar em defesa da Palestina. Reforçamos o convite para os companheiros participarem nesse Sábado Cultural em todos os locais onde serão organizados e se juntar, ao PCO e aos comitês de lutas, nessa mobilização.”
Interessados em participar e conhecer a posição marxista sobre a luta das mulheres estão convidados a procurar os militantes do PCO, que está organizado no Brasil inteiro. Para mais informações sobre sua região, é possível também contatar o Partido nas redes sociais, que podem ser consultadas neste link do linktree.