Segundo um estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2023, sob a gestão de Eduardo Leite (PSDB), o Rio Grande do Sul perdeu mais de 17 bilhões de reais ao abrir mão de 25,2% da receita total do estado. O levantamento, feito por meio da análise das renúncias fiscais feitas pelo governo estadual, mostram que esse percentual aumenta ano a ano.
O que esse número indica é que o governo Leite beneficiou diversas empresas ao abdicar de valores que seriam recebidos por meio de três impostos: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores; e Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCD).
O Dieese ainda afirma, por meio dos dados obtidos pelos números da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que a principal empresa favorecida no que diz respeito ao ICMS foi a Cargill, multinacional norte-americana com sede em Minesotta.
Outras empresas muito favorecidas, segundo o Brasil de Fato, pela política fiscal do governo Leite são: Bianchini S.A. (biodiesel), Conexion Export Ltda. (atacadista), Celulose Riograndense (celulose), Cofco (commodities agrícolas), John Deere (máquinas agrícolas) BRF (alimentos, resultado da fusão entre Perdigão e Sadia), Louis Dreyfus Company Brasil (bioenergia, têxteis, alimentos etc), Bunge S.A (alimentação), Três Tentos (sementes e fertilizantes), Brasken (petroquímica), JBS Aves (alimentos) e Engelhart (grãos e oleaginosas).