No último dia 12, as Forças de Ocupação de “Israel” voltaram a atacar famélicos em busca de comida na cidade de Gaza, matando pelo menos 11 pessoas e deixando mais de 20 feridas. O massacre ocorreu no período da manhã, enquanto as vítimas aguardavam a chegada dos caminhões de ajuda humanitária enviados à cidade, na rotatória do Cuaite, sendo alvejadas por tanques israelenses.
Segundo o sítio norte-americano People’s Dispatch, “órgãos de imprensa em Gaza declararam que Israel atacou especificamente os caminhões de ajuda e os civis” (“Israel kills 11 more in fresh attacks on Palestinian aid-seekers”, 12/3/2024). Após o ataque do dia 12, o Ministério da Saúde de Gaza informou que ultrapassou a marca de 400 o número de palestinos assassinados por ataques israelenses do gênero, isto é, contra civis desesperados por comida, revelando um sinistro padrão adotado pelas criminosas forças armadas sionistas.
A conta do Ministério tem como ponto de partida o “Massacre da Farinha”, ocorrido em 29 de fevereiro, quando “Israel” abriu fogo contra populares palestinos que recolhiam comida e outros suprimentos. Na ocasião, 118 pessoas foram cruelmente assassinadas pelos sionistas, que deixaram ainda um contingente superior a 760 feridos.
A chacina ocorreu um dia após o vice-diretor executivo do Programa Alimentar Mundial, Carl Skau, alertar o Conselho de Segurança da ONU sobre a “perspectiva real de fome” que ameaçava “mais de 500 mil pessoas” na Faixa de Gaza. O flagelo ameaça um em cada cinco palestinos que vivem no território sob cerco.
O massacre de famélicos realizado no dia 29 foi seguido por outros dois similares, ocorridos em um intervalo de apenas quatro dias, o primeiro no dia 2 e o segundo no dia 4. Com isto, os sionistas aumentaram o número de mortos entre os milhares de pessoas subnutridas que lutam contra a fome.
No último dia 13, o Ministério da Saúde de Gaza informou que apenas no enclave, mais de 31.272 palestinos morreram, dos quais o principal grupo são as crianças (12.300 mortos) seguido pelas mulheres (8.400 mortos). Pelo menos 73 mil ficaram feridos, totalizando em mais de 100 mil as vítimas palestinas do ataque de “Israel” a Gaza. O governo de Gaza, liderado pelo partido Movimento Resistência Islâmica (Hamas) informa ainda que milhares de pessoas estão desaparecidas (mais de 8 mil segundo o Ministério), provavelmente soterradas sob os escombros das cidades arruinadas, tornando o número real de mortos muito maior.
Além do massacre causado pelos bombardeios criminosos e tanques, a crise humanitária produzida pelo cerco genocida também provoca baixas. No último dia 11, o Ministério informou que a fome provocada por “Israel” à Faixa de Gaza já provocou a morte de 27 pessoas. As últimas mortes ocorridas na ocasião foram de dois bebês, conforme denúncia do sítio turco AA (“Hunger kills 2 more babies in besieged Gaza, death toll rises to 27”, Mohammad Sıo, 11/03/2024).
Faltam adjetivos negativos o suficiente para dimensionar a monstruosidade de “Israel”. O caráter criminoso da invasão sionista da Palestina – comprovado por provas irrefutáveis – demanda uma luta mais incisiva por parte da esquerda, dos movimentos de trabalhadores e estudantes, e de todos os povos oprimidos do planeta. É urgente fortalecer o apoio aos palestinos, o que concretamente significa apoiar a luta armada pela libertação da Palestina.
O levante armado palestino e seus protagonistas, em especial o Hamas, devem ser apoiados por todos que desejam ver o fim do martírio de toda uma população. Lutar pelo fim do Estado nazista de “Israel” e pela libertação definitiva da Palestina, de seu território e de seu povo, é, finalmente, essencial para todos os países que não desejam sofrer a mesma barbárie que choca a humanidade.




