Neste domingo, dia 22 de janeiro, o programa Fantástico, da Rede Globo, entrevistou Ângela Silva, uma muçulmana, mãe de cinco filhos, que foi agredida em 2019 em seu local de trabalho. Ângela Silva afirmou que, antes da agressão, já era frequentemente chamada de termos como “mulher bomba”, associando o fato de usar o hijab, tradicional véu islâmico que cobre a cabeça e o pescoço, a ações consideradas “terroristas” pela imprensa imperialista.
A pior das agressões ocorreu quando um funcionário da empresa de ônibus onde Ângela Silva trabalhava arrancou oito dentes da muçulmana. Tudo teria acontecido quando Ângela Silva começou a filmar seu agressor, que lhe chamava de “escória da humanidade” e de “lixo humano”.
“Toda vez que passava por mim, ele falava ‘cabum'”, em alusão a explosões.
“Ele deformou o meu rosto, ele arrancou oito dentes da minha boca. Até hoje eu não consigo comer uma maçã, algo mais duro. Minha boca inteira dói. E eu cheguei a escutar de colegas de trabalho: mas o que você fez para ele te agredir? Eu falei: sou uma mulher muçulmana”.
A empresa foi condenada a pagar uma indenização de R$ 80 mil – que Ângela ainda não recebeu e três anos depois.
“Além de ser agredida, a empresa não lhe deu qualquer ajuda e ainda deixou o agressor continuar trabalhando no mesmo ambiente de trabalho dela”, destaca o advogado, Osmar Cruz.
A Rede Globo, uma das maiores representantes do sionismo no Brasil, retratou o fato como “intolerância religiosa”, dando a entender que esse tipo de hostilidade acontece com praticantes de qualquer religião. O caso, no entanto, não é esse: a agressão a Ângela Silva representa um crescente movimento de extrema direita, estimulado pelo sionismo e pelo imperialismo, contra os povos do Oriente Médio.



