O Exército Árabe Sírio continua seus ataques contra os grupos mercenários apoiados pelos EUA. O Comando Geral das Forças Armadas confirmou que os ataques do exército atingiram uma sede de operações dos mercenários, ocasionando na morte de mais de 200, incluindo lideranças. Além disso, 20 drones das forças apoiadas pelos EUA também foram abatidos pelos sírios.
Segundo o vice-diretor do Centro de Reconciliação da Rússia Oleg Ignatyev, ataques da Força Aérea Russa foram realizados em pontos de encontro de terroristas, postos de observação, abrigos, sistemas de mísseis de defesa aérea, lançadores múltiplos de foguetes, depósitos de munição, bem como suas armas e equipamentos militares. Oleg afirmou que aproximadamente 100 terroristas foram neutralizados, juntamente com 12 tanques, 27 veículos, 3 morteiros, um centro de comando e um depósito de munição.
Fontes do jornal libanês Al Mayadeen relataram que o confronto entre os terroristas e as forças sírias se intensificaram na zona rural do Norte e do Leste da cidade de Hama, norte da Síria. Uma nova frente de batalha foi aberta na região Leste, mais especificamente na zona rural de Deir Ezzor.
Paralelamente, grupos terroristas tentam flanquear Hama e avançar sobre o Monte Zain al-Abidin, nos arredores da cidade. Esta tentativa enfrentou grande resistência por parte do Exército Árabe Sírio, o qual expulsou os terroristas para 20 km de distância dos bairros de Hama. Ao que tudo indica, a cidade de Hama parece ser um alvo estratégico para esses grupos armados e seus estados apoiadores depois de Aleppo.
Na cidade de Aleppo, as frentes terroristas estão, segundo o correspondente in loco do Al Mayadeen, “entrando em colapso dramático”. O Exército Árabe Sírio liderou uma contraofensiva na estrada que liga as cidades de Khanaser, na zona rural do leste de Aleppo, à cidade de Ithriyah, na periferia norte da zona rural de Hama. O sucesso desta ofensiva abre caminho para um avanço mais profundo das forças sírias na região de Aleppo.
Apesar do avanço das tropas sírias na região, moradores reclama da escassez de medicamentos e de fome após os grupos terroristas manterem a população como refém na cidade de al-Safirah, no Sudoeste de Aleppo. A situação humanitária de Aleppo é grave, após a tomada dos terroristas, a cidade enfrenta escassez de alimentos e água, falta de energia e graves interrupções nas comunicações.
Fontes do Al Mayadeen apontam que o Conselho Militar de Deir Ezzor e as Forças Democráticas da Síria estão se reunindo para realizar um ataque contra o Exército Árabe Sírio. Aparentemente, o plano dos mercenários imperialistas seria tomar sete aldeias na margem leste do rio Eufrates – eles já haviam sido repelidos da região pelo exército sírio. O correspondente do Al Mayadeen afirmou que forças norte-americanas participaram do ataque às 7 aldeias, fornecendo apoio de artilharia pesada, lançando ataques aéreos e usando helicópteros de ataque para atingir as posições do exército sírio.
Há ainda relatos de tropas ucranianas ao lado dos terroristas. A Ucrânia é acusada de fornecer aos terroristas drones FPV e outros drones explosivos, bem como o treinamento para realizar ataques coordenados entre forças terrestres e operadores de drones.
A escalada do conflito, a partir do apoio americano aos mercenários, levou a grupos do Eixo da Resistência a se juntarem ao Exército Árabe Sírio na frente de Deir Ezzor. Fontes do Al Mayadeen afirmaram que reforços do Eixo da Resistência chegaram às frentes norte e leste de Hama e às frentes sul de Aleppo nesta segunda-feira (2).
Fora do campo de batalha, agentes internacionais demonstram apoio direto para a Síria. O ministro das relações exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou que o país está disposto a enviar tropas para a Síria caso haja um pedido oficial do governo sírio.
Araghchi expressou ainda preocupação com o possível colapso do processo de Astana – estrutura diplomática projetada para facilitar o diálogo e resolver o conflito sírio estabelecida em 2017 com a Rússia, a Turquia e o Irã como fiadores. Em uma entrevista ao órgão catariano The New Arab, o ministro criticou a Turquia por não cumprir seus compromissos com o acordo.
O presidente russo e sua contraparte turca também discutiram a situação da Síria. Putin enfatizou a necessidade de interromper o ataque das milícias imperialistas na região e fornecer total apoio aos esforços das autoridades legítimas para restaurar a estabilidade e a ordem constitucional em todo o país.
O Ministério russo declarou que ambos os diplomatas veem a necessidade urgente de uma ação coordenada para estabilizar a situação e reafirmaram o papel do processo de Astana como a principal estrutura para o diálogo e a resolução de conflitos. O primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al-Sudani, também realçou que o Iraque não permanecerá passivo no conflito, destacando a limpeza étnica que ocorre no país.
Em ligações com sua contraparte turca, al-Sudani condenou o bombardeio deliberado da entidade de ocupação contra as instalações do exército sírio, o que, segundo ele, permitiu que os mercenários tomassem mais território na Síria. Mohammed Shia al-Sudani disse também que estes ataques atendem aos interesses de “Israel”, apontando um possível apoio dos sionistas aos mercenários.
No final do mês passado, al-Sudani criticou uma carta enviada por “Israel” ao Conselho de Segurança da ONU como “esforços para expandir a guerra”, afirmando que ela “representa um pretexto e um argumento para atacar o Iraque e para realizar os esforços contínuos da entidade para expandir a guerra na região”.
“O Iraque rejeita essas ameaças, a decisão de guerra e paz é uma decisão nas mãos do Estado iraquiano, e nenhuma parte tem permissão para confiscar esse direito. O Iraque rejeita entrar em guerra, além de sua firmeza na posição de princípio para acabar com a guerra e procurar proporcionar alívio aos povos palestino e libanês”, afirmou o primeiro-ministro iraquiano.
