Julian Assange está finalmente livre. Após anos de perseguição e encarceramento, o fundador do WikiLeaks foi liberto. Assange, que se tornou um símbolo global da luta pela liberdade de imprensa e contra o imperialismo, encontrou sua liberdade em um momento importante, em meio à maior crise da história do imperialismo.
Essa libertação representa um recuo significativo por parte do imperialismo. Os Estados Unidos e seus aliados enfrentam uma crise avassaladora na Palestina, evidenciada pelos conflitos contínuos na Faixa de Gaza e a iminência de uma guerra entre “Israel” e o Hesbolá. A intensidade dessa crise obriga o imperialismo a reavaliar suas prioridades e minimizar suas perdas no cenário político e de opinião pública global.
Ademais, o cenário político interno nos países imperialistas também se mostra desafiador. Na França, por exemplo, as iminentes derrotas eleitorais colocam figuras como Emmanuel Macron em uma posição insustentável. A ascensão de Marine Le Pen, da extrema direita, e a possível vitória dela nas eleições, seja para o cargo de primeiro-ministro ou mesmo presidencial, pode desencadear uma pressão colossal para mudanças radicais no governo francês. Tal mudança no panorama político europeu afeta diretamente a capacidade de manobra do imperialismo.
A libertação de Assange, nesse sentido, pode ser vista como uma tentativa do imperialismo de reduzir as tensões com o resto do mundo. Ao libertá-lo, os países imperialistas talvez esperem apaziguar parte da opinião pública internacional e recuperar algum apoio para se concentrar em questões que consideram fundamentais para sua sobrevivência.
De qualquer maneira, este fato demonstra a vulnerabilidade do imperialismo diante da crise. Enquanto a resistência no Oriente Médio continua derrotando o exército sionista, a situação política na Europa mostra uma desorganização geral das forças imperialistas.
A libertação de Julian Assange, sendo resultado da crise pela qual passa o imperialismo, é, consequentemente, uma vitória do Eixo da Resistência. Primeiro, a derrota dos EUA no Afeganistão; depois, a operação especial contra o imperialismo na Ucrânia; então, os golpes de Estado nacionalistas na África; em seguida, a Operação Dilúvio de Al-Aqsa, que precedeu a Operação Promessa Cumprida.
No fim, quem libertou Assange foi o Talibã, Putin, Ibrahim Traoré, o Hamas e o Irã.