Nessa terça-feira (12), o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump conquistaram a quantidade de delegados suficiente para garantir as suas respectivas indicações às eleições gerais deste ano. Joe Biden é filiado ao Partido Democrata e praticamente não enfrentou oposição durante as prévias. Já Donald Trump concorrerá pelo Partido Republicano e, apesar de ter vencido as primárias com muita folga, enfrentou opositores que receberam bastante atenção da grande imprensa.
Os resultados que garantiram a vitória de Biden no dia 12 ocorreram nos estados da Geórgia, Mississippi e das Ilhas Marianas do Norte. Segundo a Associated Press, o atual presidente conquistou 2.015 delegados. Eram necessários 1.968 para a indicação.
Já Donald Trump venceu nos estados da Geórgia e do Mississippi, além de Washington. Com isso, chegou ao total de 1.228 delegados, ultrapassando os 1.215 necessários.
As primárias para o atual presidente costumam ser mera formalidade – afinal, a tendência natural de todo presidente é buscar a reeleição, sendo muito difícil combatê-lo devido ao próprio uso da máquina pública. A confirmação de Biden, neste sentido, não surpreende.
O que é realmente extraordinário é a facilidade de Donald Trump para conquistar a maioria do partido. Além de não estar no poder, Trump vem sofrendo uma perseguição por parte do Judiciário e da grande imprensa, mas isso não afetou a sua popularidade. Pelo contrário: ela aumentou, na medida em que tem sido visto como um inimigo do “sistema”.
Embora tenha vencido com facilidade, Biden não deverá ter meses nem um pouco tranquilos. Seu nome vem sendo contestado dentro de seu partido, tanto por sua senilidade, quanto por sua política genocida no Oriente Médio e por seu fiasco militar na Ucrânia.
A popularidade de Biden, que nunca foi alta, despencou desde 7 de outubro de 2023, quando teve início a nova etapa do conflito entre palestinos e israelenses.
No sentido exatamente oposto, vai Donald Trump. Embora seja um político que representa um setor do imperialismo norte-americano, ele é visto como uma oposição à política oficial dos Estados Unidos. Nesse sentido, quanto mais cresce a oposição a Biden pela crise política em que o imperialismo está imerso, mais tende a crescer a popularidade de Trump.