O Zona do Agrião dessa semana foi ao ar nesta segunda-feira (22). O Programa da COTV, que tem como tema o esporte mais popular do Brasil, trouxe os destaques do início da temporada deste ano, como não poderia deixar de ser, em uma perspectiva que não se encontra em nenhum programa esportivo da imprensa imperialista tradicional.
Como é característico do mês de janeiro, temos a Copinha chegando ao fim, enquanto os principais estaduais já estão começando. O primeiro a iniciar foi o carioca, que já está na segunda rodada.
Na primeira tivemos a vitória da Portuguesa (RJ), do Botafogo, Flamengo, com goleada por 4 a 0 contra o Audax; Nova Iguaçu e Vasco. O Fluminense, último vencedor da Libertadores, empatou com o Volta Redonda.
Já na segunda rodada os vitoriosos foram: Madureira, Botafogo, Fluminense e Boa Vista. Flamengo e Vasco, dois dos mais tradicionais clubes cariocas, empataram com Nova Iguaçu e Sampaio Corrêa respectivamente.
A maioria dos maiores clubes do campeonato entraram em campo com seu time reserva, poupando os titulares para outras atividades. “O que acontece, que é uma coisa muito ruim, é que os times grandes não estão dando nenhuma importância para o campeonato estadual, o que apenas ajuda a desmoralizar a competição” avaliou o apresentador Juca Simonard.
A equipe titular do Vasco está no Uruguai realizando uma pré-temporada, onde derrotou o San Lorenzo da Argentina, assim como o Flamengo, que faz sua pré-temporada nos Estados Unidos e venceu o Philadelphia Union.
Na rodada inicial do Paulistão, São Paulo, Santos, Água Santa, Portuguesa, São Bernardo e Corinthians, com direito a um golaço de Romero, conquistaram a vitória. O atual campeão Palmeiras, empatou com o Novorizontino, equipe que segue viva na Copinha.
O fenômeno que acontece no carioca não aconteceu no paulista, as principais equipes enfrentaram seus adversários com seus times titulares. “O que é um indício que o campeonato é mais forte, não dá pra vacilar” explica Henrique.
O problema das SAF continua assombrando o futebol brasileiro, John Textor, cuja empresa possui diversos outros clubes pelo mundo, dentre eles o Botafogo, teve que iniciar seu ano, sofrendo um protesto da apaixonada torcida do Alvi Negro carioca, devido ao desempenho no ano passado. Na Bélgica, o Molenbeek, clube que também pertence ao empresário norte americano, iniciou o ano também com protesto.
Sobre essa privatização do futebol, Juca comenta: “A SAF apesar de ter dado uma estrutura para o Botafogo, ter melhorado o elenco, é uma estruturação mínima, para favorecer o time do cara no exterior”, “A SAF não era para ser a profissionalização da administração do futebol?” questiona o apresentador.
Clubes como o Botafogo, que é do Brasil; e o Molenbeek, um time pequeno da Bélgica, acabam por se prejudicarem nesse esquema criminoso do futebol para favorecer times das ligas mais ricas, como é o caso da inglesa e da francesa, onde o empresário também atua.
O calendário confuso dos campeonatos nacionais também foi abordado no programa: há a tentativa de acabar com os campeonatos estaduais, que cada vez mais tem seu período diminuído e acaba por prejudicar diversos times, “A CBF atua contra o futebol brasileiro” disse Juca.
As recentes declarações identitárias de Leila Pereira, que comanda a Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, teve seu espaço no programa. A banqueira, que sempre está em conflito com os torcedores palmeirenses, usou do artifício para sua defesa, argumentando sobre a questão da mulher à frente de equipes de futebol.
“É uma boa saída, com a onda identitária você finge que é oprimido, embora você seja uma banqueira do caramba” comentou Henrique.
A destruição do estádio do Pacaembu, após a privatização, é algo sempre triste de ser lembrado e comentado: “Isso foi um dos maiores crimes que o governo João Dória cometeu contra a população de São Paulo…brasileira e talvez até do mundo…Pacaembu é um templo sagrado do futebol” cravou o apresentador Juca.
O apoio à Palestina também é alvo de polêmicas dentro do futebol. Como já foi visto nas últimas edições do programa, a perseguição aos jogadores que se posicionam contra o massacre na Faixa de Gaza é muito intensa.
Um vídeo das redes sociais sobre o assunto foi exibido, onde questionam o porquê de não haver boicote à “Israel” pelo genocídio que promove. Agora a FIFA e a UEFA, dizem ser contra a política no futebol, porém, quando houve o início do conflito entre a Rússia e o imperialismo através da Ucrânia, essas instituições trataram logo de banir os russos de suas competições.
Para conferir na íntegra o programa Zona do Agrião, acesse:



