Neste 29 de dezembro de 2024, completam-se dois anos da morte de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o maior nome da história do futebol mundial. O mundo perdeu, em 2022, o jogador que transcendeu o esporte, sendo mais do que um atleta — um verdadeiro revolucionário e símbolo de superação para milhões.
Pelé, tricampeão mundial pela Seleção Brasileira (1958, 1962, 1970), é considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. Com 1.283 gols em 1.363 jogos, sua carreira foi um marco, a partir do qual o futebol ganhou uma nova dimensão, tornando-se uma paixão nacional. Sua habilidade em campo não só encantou torcedores como também ajudou a transformar o futebol de um esporte elitista, praticado pelas classes dominantes, em uma verdadeira arte popular. Ele foi precursor de dribles e jogadas inovadoras que moldaram o estilo de jogo que conhecemos hoje.
A morte de Pelé, aos 82 anos, após uma luta contra o câncer, deixou uma lacuna irreparável no esporte. Sua genialidade, que já estava consagrada, se tornou uma parte fundamental da identidade do futebol brasileiro e mundial. Pelé não foi apenas um ídolo, mas um símbolo de resistência e esperança para os oprimidos, principalmente para a população negra que viu nele a ascensão de um dos seus.
Em 2023, o primeiro ano após sua morte, o Santos Futebol Clube vivenciou um momento histórico e triste: o rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro. Para os torcedores santistas, a queda de seu time coincidiu com a despedida de Pelé, o maior ídolo da história do clube. A derrota para o Fortaleza na última rodada foi o golpe final em uma temporada difícil, onde a ausência do Rei foi mais sentida do que nunca. Na época, o programa Zona do Agrião, transmitido pela Causa Operária TV, fez uma análise do evento, chamando a atenção para a relação entre o rebaixamento do Santos e o fim de uma era no futebol brasileiro.
Pelé não se limitou aos gramados. Ele foi uma figura que transcendeu o esporte e se tornou um símbolo de superação. Sua morte foi um marco mundial, e o DCO foi o veículo que mais publicou matérias sobre sua vida e legado, com mais de 200 artigos no ano de seu falecimento, celebrando sua importância para o futebol e para o Brasil. Este Diário continua a reverenciar sua memória, publicando artigos analíticos, históricos, polêmicas e até culturais sobre as obras feitas sobre o Rei.
Apesar da ausência física, o legado de Pelé se mantém firme no coração dos brasileiros e de todos os apaixonados pelo futebol. Seu nome é sinônimo de perfeição e inovação.
No ano de 2024, o Santos conquistou o até então inédito título da Série B. Também foi o ano em que o craque Endrick estreou na Europa, jogando pelo Real Madrid, despertando ciúmes do perna de pau Kylian Mbappé. Conhecido em todo o País por suas belas jogadas, o jovem brasiliense já começou a sofrer o mesmo tipo de comparação que qualquer grande jogador brasileiro sofre ao despontar. Em junho, quando atingiu a marca de três gols com a camisa da seleção brasileira antes de atingir a maioridade, Endrick foi comparado ao Rei Pelé. A resposta coube ao próprio Endrick:
“Sempre tive na minha cabeça que vocês [jornalistas] criam coisas de vocês, vocês criam coisas malucas. Quando eu era menor, quando eu tinha 16 anos, eu via bastante rede social, não vou mentir. Ficavam me comparando com Vitor Roque, ficavam me comparando com Pelé. Vocês são malucos. Pelé foi o Pelé.”
Não poderia haver descrição melhor. Pelé foi… Pelé. Incomparável. Insuperável. O maior de todos. Como bem disse o cronista Nelson Rodrigues, após Pelé conquistar a primeira taça da Copa do Mundo para o Brasil: Pelé, colega de Miguel Ângelo, Homero e Dante.