Na última segunda-feira (4), a Constituição da França passou a incluir o direito das mulheres ao aborto. A mudança foi aprovada após sessão conjunta com os membros da Assembleia Nacional e do Senado. Agora, o projeto passa para a promulgação do presidente Emmanuel Macron.
Em relação ao placar, o projeto, que havia sido aprovado pelo Senado no dia 28 de fevereiro, recebeu 780 votos a favor e apenas 72 contra. Manifestantes assistiram à sessão conjunta por meio de um telão em frente à Torre Eiffel, comemorando a aprovação do projeto.
A inclusão do aborto na Constituição francesa é resultado da pressão que a população vem fazendo contra o governo, não necessariamente em relação a esse direito, mas como consequência da crise que assola a França e a Europa, como um todo. Nesse sentido, o regime francês precisa melhorar a sua imagem frente à população, algo que vale, principalmente, para Macron.
Não é à toa que a expectativa é que o projeto seja promulgado na sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, pelo presidente imperialista. Trata-se de uma enorme propaganda em prol de Macron, o governante que terá assinado um projeto histórico exatamente no dia da mulher. Coincidência? Decerto que não.