Todas as medidas da direita golpista que estão sendo impostas contra os trabalhadores nos bancos públicos, como a diminuição de postos de trabalho através de PDVs (Plano de Demissão Voluntária), fechamento de agências, descomissionamentos etc. fazem parte de uma política que visa a transferência do patrimônio dos trabalhadores para o bolso de um punhado de banqueiros e capitalistas, nacionais e internacionais.
Recentemente, foi anunciado mais uma reestruturação na Caixa Econômica Federal, o único banco 100% nacional, que visa demitir cerca de três mil e duzentos trabalhadores, que tem por objetivo enxugar o quadro funcional da empresa, preparando para a sua privatização.
Além disso, estão entregando as subsidiárias, como a Caixa Seguridade, ou mesmo na tentativa de transformar setores da Caixa em subsidiárias, como a Loteria Caixa, e abrir o capital para especuladores na Bolsa de Valores.
Essas mesmas medidas já foram adotadas pelo Banco do Brasil, no governo Bolsonaro, onde mais de nove mil bancários foram demitidos e centenas de agências bancárias foram fechadas, com a entrega de alguma das suas subsidiárias.
O mesmo processo vem se dando nos bancos de desenvolvimento e nos bancos regionais. Nos bancos estaduais, a ideia é entregá-los como parte de um acordo dos governos estaduais com a União para a renegociação de dívidas, como vem acontecendo no Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) e no Banco Regional de Brasília (BRB).
Toda essa política que está sendo colocada em prática nos bancos estatais é parte da ofensiva da direita golpista que visa única e exclusivamente entregar o patrimônio do povo brasileiro para os capitalistas nacionais e internacionais.
Os ataques desferidos às empresas estatais fazem parte da política da direita dita “civilizada” no Brasil, ou seja, a tal da frente ampla, setores esses ligados diretamente aos interesses dos países imperialistas, principalmente o norte-americano.
O interesse da direita, que domina o Congresso Nacional, que faz pressão de todos os lados ao governo Lula – imprensa, tribunais e até mesmo dentro do próprio governo -, vem impondo uma política de destruição dos interesses dos trabalhadores e da população em geral. Na verdade, os interesses deles é atacar os direitos dos trabalhadores para favorecer meia dúzia de capitalistas em detrimento às já deterioradas condições de vida da classe operária.
Diante dos ataques da direita, é necessário mobilizar os trabalhadores para derrotar as suas medidas de ataque à economia nacional, que visam acabar com o patrimônio do povo brasileiro.
A categoria bancária, que tem a sua data base em setembro, já se prepara para organizar a categoria para mais uma campanha salarial através dos seus encontros estaduais e congressos, e uma das pautas fundamentais a serem discutidas é justamente em relação à defesa dos bancos públicos e das empresas estatais como um todo.
Da mesma forma que os bancos públicos estão sob a ameaça da direita golpista, as demais empresas, como a Petrobrás, Correios, Dataprev, Serpro etc. sofrem o mesmo risco, e aí a necessidade da unidade dos trabalhadores das estatais no sentido de defender o patrimônio e o interesses dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro.