No dia 22 de fevereiro, o ex-ministro da justiça Flávio Dino assumiu seu cargo como ministro do STF. Assim, ele recebeu cerca de 340 processos que estavam sob relatoria da ex-ministra Rosa Weber. Dentre estes está a CPI da Covid e também o PL que considera que abortos provocados por terceiros sejam considerados homicídios. O problema é que o atual ministro já deixou clara a sua posição reacionária contra o direito das mulheres ao aborto.
Em dezembro de 2023, o jornal O Globo divulgou a declarações de Dino a respeito de sua posição reacionária contra a legalização do aborto e das drogas. Ele, no momento, dialogava com senadores da direita.
Segundo o artigo, o ministro teria enviado vídeos via WhatsApp manifestando-se contra o aborto e à legalização de drogas para a bancada evangélica. Tudo isso para conseguir votos de apoio para a vaga de Supremo Tribunal Federal – STF. Segundo o mesmo artigo do jornal O Globo, tem alegado também, em conversas com alguns parlamentares, que sofre resistência para ser recebido por alguns senadores conservadores, se vitimando como alvo de fake news, e reforçando a sua declaração como sendo cristã e antiaborto.
Esse ministro assumirá o caso do aborto. É um grande perigo para as mulheres que veem esse direito atacado em todo o país. Não é possível esperar nada do STF, apenas a luta das mulheres operárias e da classe operária na totalidade pode conquistar a emancipação da mulher.