Eleições municipais

Deputado bolsonarista quer retorno da união Estado-Igreja

Deputado Federal do PL se diz superior aos outros seres humanos e sua religião ser a moralmente certa do que outras religiões por ser católico apostólico romano

No último domingo (1), os militantes do Partido da Casa Operária estiveram presente na Avenida Paulista fazendo uma agitação política em defesa da Palestina e também para divulgar a campanha eleitoral dos candidatos a prefeito e vereadores da capital.

Durante a atividade, o candidato a prefeito de São Paulo pelo PCO João Jorge Pimenta entrou em um debate com um deputado federal, Paulo Francisco Muniz Bilynskyj pelo Partido Liberal. A situação aconteceu ao vivo e todos que tiveram interesse puderam acompanhar em tempo real. A filmagem completa do debate pode ser encontrada na Causa Operária TV.

Como de praxe, a conversa com um bolsonarista exige um nível de paciência gigantesca. Apesar de se dizerem defensores das liberdades democráticas e o direito a livre a expressão, o candidato do PCO é a todo tempo interrompido por Bilynskyj. Com o passar do tempo é perceptível que o deputado se acha como ele mesmo diz “um ser superior”.

Segundo Belynskyj, João Pimenta é “moralmente inferior” e por isso todas as opiniões e argumentações dadas pelo candidato do PCO estão erradas. A pergunta que fica é: Onde está a liberdade de expressão? A “superioridade” do cidadão do PL de acordo com ele seria porque ele é “cristão” “defensor dos ideais morais de Jesus Cristo”.

O debate se inicia com o deputado do PL perguntado ao candidato do PCO sobre o que ele pensa sobre o “porte de arma para o cidadão de bem”?A política do PCO é a defesa do armamento geral da população e não como ele coloca “cidadão de bem”, que neste caso estaria privilegiando apenas um setor da sociedade enquanto centenas de milhares de pessoas desarmadas são reféns desses “cidadãos de bem” e também do Estado burguês que tem seu aparato militar armado até os dentes contra o resta da população.

“Eu vou falar, não é só pelo cidadão de bem, eu acho que porte de arma ele é direito fundamental se você não tem direito de portar arma você não tem nenhum outro direito por que em última instância o que vai garantir seu direito ao voto seu direito de ir e vir a sua liberdade é o povo armado”. Aponta João Jorge Pimenta.

Em relação à questão, Bilynskyj acredita que deve haver limitações em relação ao porte de arma. “A arma de fogo não pode ser liberada para qualquer individuo, uma vez que existem indivíduos que não tem capacidade para portar”. Segundo o deputado, é a sociedade que define quem são as pessoas que devem portar armas, e não o Estado. Essa capacidade é “medida pelos valores morais de cada cidadão”.

“Nós defendemos que os valores têm graus de importância e diferença. (…) Existem religiões superiores. Vocês dizem que todos os direitos são iguais que o Estado deve ser laico, eu digo não”. Afirma o deputado.

Outro tema que surge durante o debate é o direito ao aborto. Nesse momento, por falta de argumento em relação às armas, o deputado coloca que os militantes do PCO defendem o direito ao aborto, o fim da polícia e isso seria “uma coisa extremamente criminosa”. Pimenta pergunta: “Agora então, a opinião é crime?” Na ideia do policial bolsonarista, defender essas pautas são crimes e não opinião.

Na sequência, o deputado do PL diz: eu não sou igual a você? O candidato do PCO retruca: “Legalmente?” Bilynskyj responde: “Não, eu sou moralmente superior”. “De acordo com o seu código moral” afirma João Pimenta e continua: O Estado deveria reconhecer essa diferença?”. O deputado responde: “O Estado deveria ser composto por pessoas superiores moralmente”.

Por setores de esquerda serem a favor do aborto, o bolsonarista afirma que são defensores do assassinato de bebezinhos, por isso seriam inferiores. “A destruição de uma alma, e o oferecimento dessa alma ao demônio” diz Bilynskyj. De acordo com seus valores e religião todos que defendem essas pautas são inferiores. Para ele a religião correta é a cristã e a religião judaica é errada.

Sobre “Israel” e o Hamas, a confusão do cidadão bolsonarista chega a níveis extremos. Mesmo se dizendo moralmente contra o aborto por “se trata do assassinato de criancinhas” e alertado por Pimenta que a religião judaica renega o cristianismo e Jesus Cristo, Bilysnkyj disse “que defende o direito de “Israel” se defender mesmo matando 40 mil pessoas”.

Sobre esse tema candidato do PCO pergunta o que ele acha dos bombardeios de escolas e hospitais pelas forças de ocupação de israelense. O deputado acredita este seria um direito de defesa de “Israel” contra os “terroristas”. João Pimenta, insisti: “hospitais e escolas com crianças dentro?”. Bilynskyj afirma que essas instituições estavam “cheias de terroristas.”

“Quer dizer que os hospitais e escolas estavam cheias de terroristas, os abrigos da ONU também?” Questiona Pimenta.

O deputado bolsonarista segue afirmando ser superior por ser católico apostólico romano e todas as outras religiões são inferiores e somente os que fazem parte da sua religião seriam moralmente superiores capazes de “governar” os outros humanos.

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