No dia 30 de junho, São Paulo foi palco do primeiro ato nacional em defesa da Palestina, reunindo milhares de pessoas na Avenida Paulista. Essa é a primeira vez na história do País em que acontece uma manifestação desse tipo, em que caravanas das cinco regiões do País se dirigiram a uma única cidade em protesto contra os crimes do sionismo.
Ao mesmo tempo em que o ato contou com índios, operários, sindicalistas, intelectuais, muçulmanos, católicos e ateus, indicando um grande potencial para a unidade em defesa da Palestina, a manifestação também serviu para demonstrar a crescente rede de solidariedade que vem se formando a partir da luta contra o imperialismo. Várias figuras de destaque no cenário político latino-americano enviaram saudações ao evento, destacando a importância de ações unitárias em prol da causa palestina.
Uma das pessoas a saudar o ato foi Juan Carlos Loza Rojas, jovem dirigente do partido boliviano Movimento ao Socialismo (MAS), que destacou a importância da unidade e do apoio internacional ao povo palestino. “Apoiamos os irmãos brasileiros que se solidarizam com os irmãos da Palestina porque, lamentavelmente, a extrema direita está assassinando nossos irmãos lá. Portanto, nós, como bolivianos, como jovens, nos unimos apoiando o Brasil e sempre buscando a unidade, a paz contra os irmãos palestinos que hoje em dia estão sendo afetados pela extrema direita e pelos Estados Unidos“.
Juan Carlos Frometa, do Partido Comunista de Cuba, expressou, por sua vez, a histórica solidariedade cubana com a causa palestina. “Queremos nos unir ao repúdio e à condenação do genocídio que o governo israelense está cometendo na Faixa de Gaza. Cuba e a revolução cubana, tem apoiado historicamente a causa do povo palestino. Mais uma vez, manifestamos nosso apoio a esta manifestação internacional e aos esforços internacionais para apoiar a causa da Palestina. Palestina Livre!”.
Carlos Castaneda, secretário de Relações Internacionais da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, também condenou veementemente as ações de “Israel”. “Quero expressar nossa mais firme condenação, nosso mais firme repúdio ao genocídio que está sendo cometido pelo Estado genocida massacrador de Israel contra o povo palestino. Que se respeite o Estado da Palestina, que já foi reconhecido por vários países”, disse.
Giovanni Murillo, dirigente da Confederação Geral dos Trabalhadores da Colômbia (CGT), destacou a importância da solidariedade internacional e convocou os brasileiros a se unirem à marcha de 30 de junho. “A comunidade mundial deve se unir e convido os brasileiros a saírem amanhã para apoiar, através de sua marcha, o povo palestino que tem sido massacrado. As crianças, as mulheres, os idosos, vítimas deste genocídio, requerem sua solidariedade. Por isso, os convidamos a marchar contra o genocídio que está sendo cometido contra esse povo“.
Gladys Rosales, professora em Honduras, também enviou uma mensagem de apoio. “Queremos saudar o povo de São Paulo. Agora, neste momento, em meu país, estamos celebrando um encontro de integração e unidade entre os povos da América Latina [Foro de São Paulo]. Como também gostaríamos de ter um momento de paz no mundo. Por isso, felicito todos os moradores, todos os habitantes de São Paulo por sua manifestação amanhã a favor do povo oprimido da Palestina”, afirmou Rosales, em declaração feita no dia 29 de junho.
Andréa Bizeu, ativista brasileira residente em Nova Iorque, destacou a importância da causa palestina e agradeceu ao povo brasileiro por seu apoio contínuo. “Agradeço ao meu povo brasileiro por não abandonar essa causa tão importante. Palestina Livre já!”.
Carlos Romm, presidente do Instituto Segundo Bolívar para a Paz e Solidariedade entre os Povos da Venezuela, reforçou a necessidade de união global em prol da Palestina. “Estamos aqui querendo enviar um grande abraço para todos que estão na manifestação em defesa do povo palestino. Nós, na Venezuela, temos um grande compromisso com o povo palestino, com sua causa, com sua liberdade. E consideramos que é importante para todos nós ao redor do mundo erguer nossas vozes, nossas mãos e nos unirmos para defender o povo palestino, para defender seu direito de existir, para pedir o fim dessa invasão, o fim das tentativas de genocídio contra o povo”.
