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Editorial

De que lado o STF estará em um futuro golpe?

Apoio do presidente da corte a Gabriela Hardt deve servir de alerta para o caráter reacionário do Judiciário

A veemência de Luis Roberto Barroso ao defender Gabriela Hardt, a substituta do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato, da 13ª Vara de Curitiba, serve mais uma vez de lição para aqueles que depositam suas esperanças no Supremo Tribunal Federal (STF) para combater a extrema direita. Barroso, finalmente, considerou como “ilegítima e arbitrária” a decisão de seu colega no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Felipe Salomão, que havia suspendido (e apenas isso) a juíza Hardt.

O motivo? Não bastasse a juíza estar diretamente envolvida nos processos notoriamente fraudulentos contra o presidente Lula, tendo, inclusive, condenado-lhe em um deles, Hardt homologou um acordo criminoso entre o Ministério Público (MP) e o Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em outras palavras, Barroso saiu em defesa da Lava Jato em seu aspecto mais nocivo: suas relações com o imperialismo norte-americano.

Não deveria causar espanto. Como os áudios da Vaza Jato revelariam, Barroso era considerado o magistrado favorito do ex-promotor Deltan Dallagnol no STF.

Os setores da esquerda nacional que fizeram de sua política o apoio ao STF agora estão, portanto, diante de um impasse. A Corte é comandada por um homem que é um verdadeiro entusiasta da operação responsável pela derrubada do governo de Dilma Rousseff, pela prisão de Lula e pela vitória eleitoral de Jair Bolsonaro (PL). É possível levar a sério que o STF, sob Barroso, levará adiante uma luta verdadeira em torno dos interesses do PT e da esquerda?

É ridículo. E mais ridículo ainda é quando levado em conta que Barroso não é um ministro qualquer – ele hoje ocupa a presidência do STF. E mais: Barroso se tornou presidente em meio a uma cerimônia com pompas e circunstâncias, que foi apresentada como uma grande “festa da democracia”.

No exato momento em que Barroso sai em defesa da Lava Jato, o conjunto da burguesia parece ter se reconciliado com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa mesma burguesia, por sua vez, pressiona o governo Lula para impedir que saia um milímetro sequer da linha da política neoliberal.

Se a burguesia decidir efetivamente derrubar o governo, de que lado estarão Barroso e o STF?

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