Censura ao X

Direto da China, Rui comenta ataques à liberdade de expressão

Em visita ao país asiático, presidente nacional do PCO comenta o mais grave ataque à liberdade de expressão no País desde o fim da Ditadura Militar

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, deu mais um passo em sua cruzada contra a liberdade de expressão e na consolidação de um regime extremamente autoritário ao determinar o bloqueio da rede social X em todo o território brasileiro. Essa medida é, sem dúvida, o ataque mais grave à liberdade de expressão no Brasil desde o fim da Ditadura Militar, em 1985 e não passou despercebida pelo presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), Rui Costa Pimenta.

Na China, onde se encontra parte da direção nacional do Partido em um evento organizado pelo governo chinês e reunindo lideranças de todo o mundo, Pimenta comentou o caso, ressaltando que a decisão de Moraes não se trata de um episódio isolado, mas de um movimento orquestrado para controlar o fluxo de informações e suprimir qualquer voz dissidente que ameace os interesses do imperialismo. No X, o dirigente marxista publicou:

 

“A função da censura na internet, levada adiante por Alexandre de Moraes, com o apoio de certos esquerdistas e progressistas, não é impedir crimes ou conter a extrema-direita. A esquerda brasileira teve a oportunidade de ver a brutal censura contra a Rússia desde a guerra da Ucrânia, mas não levou em consideração seja porque uma parte apoiava a OTAN e outra não sabia o que estava em jogo. Depois veio o 7 de outubro e viu-se a maior onda de censura no mundo desde o Tiranossauro Rex. Também não tiraram as conclusões. A censura é uma arma de guerra do imperialismo e uma arma contra a ação revolucionária das massas (Palestina). A função da censura é deixar a indústria da mentira que é a grande imprensa capitalista mundial, toda ela controlada pelo imperialismo, falar sozinha. Combate às fake news é uma fantasia ridícula de certos esquerdistas cujo mundo não vai além das eleições. Não há censura contra Facebook, Instagram, Youtube etc. porque eles mesmos já censuram pesadamente os usuários e principalmente sobre a Palestina. A esquerda brasileira não sabe o que está fazendo, mas está ajudando o imperialismo e o sionismo a controlar a comunicação para ocultar seus crimes como estamos vendo em Gaza.”

 

O presidente do PCO expõe o objetivo por trás da censura imposta por Alexandre de Moraes e o apoio que essa medida recebe de setores da esquerda que se dizem progressistas. Não se trata de proteger a sociedade contra desinformação ou ataques de extrema direita, mas de assegurar que a verdade oficiosa difundida pelos monopólios da comunicação, alinhados aos interesses imperialistas, não seja contestada.

A censura, como sempre, é uma ferramenta para suprimir qualquer forma de resistência popular ou de defesa da causa dos povos oprimidos, como vemos claramente no caso da Palestina. A esquerda brasileira, ao apoiar ou ignorar essa realidade, acaba se tornando cúmplice do imperialismo, contribuindo para a manutenção de um regime de opressão.

 

“O cidadão aí abaixo acredita que é um erro comparar a censura aos ativistas pela defesa da Palestina com a censura do juiz-imperador brasileiro Xandão primeiro. Na realidade, é exatamente a mesma coisa. Quem censura todos é o imperialismo EUA e UE. As redes sociais que mais censuram são as ditas democráticas como a Meta (Facebook) e o Google. O PCO, por exemplo, teve suas contas desmonetizadas no Youtube devido à Palestina e teve todos os seus canais suspensos por 10 dias pelo mesmo motivo. Alexandre de Moraes suspendeu todas as redes sociais do PCO por um ano por motivos políticos. Moraes é um pau-mandado do imperialismo. A esquerda não sabe o que está acontecendo e só aplaude. A política de censura é uma política do imperialismo. Desavisados e completamente ignorantes do que está em jogo, como o cidadão abaixo, acreditam que a censura é contra a extrema-direita. Precisam cair na realidade de que a censura contra a extrema-direita é nível 1 enquanto que a censura contra a Palestina é nível 100. E, também, de que o sionismo é extrema-direita. Os que defendem a censura na internet são massa de manobra (exatamente isso) do imperialismo, do fascismo sionista, e dos grandes meios de comunicação brasileiros dominados pelo imperialismo. Combate contra a fake news? Globo e outros mentem todos os dias sobre o genocídio na Palestina e não acontece nada. Daqui há pouco os manipulados vão dizer que lutar contra o sionismo genocida é menos importante do que lutar contra Bolsonaro. Ainda não dizem, mas pensam.”

 

Em resposta a um crítico, Pimenta demonstra o paralelo entre a censura imposta pelo STF e a repressão aos ativistas pró-Palestina, lembrando que o ataque à liberdade de expressão não é um fenômeno isolado, mas parte de uma estratégia global do imperialismo para manter sua ditadura. Alexandre de Moraes, longe de agir em defesa dos interesses nacionais, é um executor das ordens dos monopólios mundiais, servindo como instrumento para reprimir qualquer voz que se oponha à ordem estabelecida. Os setores da esquerda que aplaudem tais medidas estão, na verdade, aplaudindo sua própria submissão e contribuindo para a manutenção de um regime que serve ao capital internacional e é um inimigo feroz do povo trabalhador, fato destacado pelo presidente do PCO na publicação abaixo:

 

“Os esquerdistas desnorteados que apoiam Alexandre de Moraes deveriam explicar qual é a lei que permite proibir o brasileiro de acessar o X. Digo isso, porque, segundo eles, Moraes estaria cumprindo a lei. Qual é a lei?”

 

Rui Costa Pimenta desafia diretamente aqueles que defendem as ações de Alexandre de Moraes, questionando qual base legal justifica tal medida draconiana. O que se vê é uma total arbitrariedade, onde o poder judiciário é utilizado para impor a vontade do imperialismo, sem qualquer respeito pelas leis ou princípios democráticos como o da legalidade, que estabelece a necessidade de uma lei previamente aprovada para obrigar um cidadão a fazer ou deixar de fazer algo.

A esquerda que se alinha a esse tipo de ação demonstra não só uma profunda confusão teórica, mas também uma completa desconexão com a luta dos trabalhadores e dos oprimidos. Ao invés de questionar e combater o autoritarismo crescente, essa esquerda prefere se acomodar, aceitando a repressão como se fosse uma ferramenta legítima de defesa do regime democrático.

 

“Um grande dirigente político marxista certa vez disse que o antissemitismo era o socialismo dos tolos. Combater o judeu e esquecer o grande capital era uma forma de pseudo capital. No Brasil, temos o nacionalismo e o anti-fascismo dos tolos. Falam de Marçal, Bolsonaro, Trump, Musk, todos vira-latas da política burguesa e se aliam com os donos do mundo em nome da democracia. Kamala Harris e Biden não seriam os responsáveis pelo genocídio na Palestina, seriam pilares da democracia mundial. Apoiam a censura porque o titio Sam disse que era a salvação da democracia, enquanto dá golpe na Bolívia. Tentaram limpar a sujeira dos golpistas brasileiros (Alckmin, Tebet, Marta Suplicy, Reinaldo Azevedo, Felipe Neto, Alexandre de Moraes, todo o STF) e convencer o povo de que os que realizaram o golpe de 2016 agora são todos grandes democratas. Apresentam a política woke do imperialismo e a censura como sendo política sua, quando na realidade são massa de manobra do imperialismo.”

 

Aqui, Rui Costa Pimenta critica duramente a esquerda brasileira por sua hipocrisia e falta de coerência. Ao focar em figuras menores da política burguesa, como Bolsonaro e mesmo um bilionário como Musk, e ignorar os piores inimigos da classe trabalhadora como os banqueiros e setores mais importantes do imperialismo, essa esquerda se torna uma ferramenta a serviço do imperialismo.

A censura que agora é aplicada de maneira tão agressiva no Brasil não é um ataque dirigido apenas ao bilionário sul-africano radicado nos EUA, mas ao povo brasileiro, sendo parte de uma estratégia maior, dedicada a manter a população brasileira sob controle e garantir que o imperialismo continue a explorar as nações oprimidas sem resistência. Aqueles que defendem ou minimizam essas ações estão, na prática, fortalecendo os mesmos interesses que dizem combater.

 

“Para resumir esta história em uma frase: tudo, absolutamente tudo, que Alexandre de Moraes fez foi completamente ilegal.”

 

Por fim, Rui Costa Pimenta reforça o problema da ilegalidade das ações de Alexandre de Moraes. Não se trata de uma defesa da legalidade formal, mas de uma denúncia contundente contra o uso do poder judiciário como instrumento de repressão política ao sabor dos interesses momentâneos do imperialismo, o setor da burguesia que controla o judiciário brasileiro.

Moraes, ao tomar essas decisões, não apenas viola a constituição para atingir o X, mas também desrespeita os direitos básicos dos cidadãos de conjunto, dado a impessoalidade do direito. Além de um duro ataque às mais elementares liberdades democráticas, o apoio a Moraes é um endosso à qualquer loucura cometida pelo judiciário, algo que inevitavelmente cobrará um preço elevado para os trabalhadores e estudantes brasileiros.

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