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Espanha

Crise na Espanha: população protesta diante de enchentes

Inundação que deixou mais de 200 mortos no país europeu

Centenas de pessoas protestaram durante a visita do rei espanhol Felipe durante visita do monarca ao subúrbio de Valência, cidade foi fortemente atingido pelas inundações da semana passada. Ocorrida no domingo (3), o protesto incluiu a rainha Letizia e o primeiro-ministro Pedro Sanchez. Populares atiraram lama no nobre.

Sob os gritos de “assassinos!”, os moradores expressaram a fúria acumulada e potencializada pela percepção de que os governantes falharam com os alertas tardios sobre os perigos das inundações, que foram seguidas por uma resposta tardia dos serviços de emergência quando o desastre ocorreu.

“Por favor, os mortos ainda estão nas garagens, as famílias estão procurando seus parentes e amigos. Por favor, venham, só pedimos ajuda… Tudo o que queríamos era ser avisados e teríamos sido salvos”, gritou uma residente com lágrimas nos olhos.

https://twitter.com/telesurenglish/status/1853075544985780559

A Espanha é uma monarquia parlamentar onde o rei é chefe de Estado. Imagens divulgadas na internet mostraram a rainha Letizia chorando enquanto abraçava alguns moradores. Seu cabelo e rosto tinham vestígios de lama e um de seus guarda-costas tinha sangue no rosto, aparentemente de um objeto lançado. Os guarda-costas abriram guarda-chuvas para tentar proteger a família real.

O número de mortos devido às piores inundações da história moderna do país subiu para 219 no domingo – quase todos na região de Valência. Alguns dos manifestantes de domingo vestiam roupas com símbolos de organizações de extrema direita, que frequentemente realizam protestos contra o governo.

Antes de ir embora, Sanchez fez declarações contra os manifestantes, chamando-os de “marginais”: “não vamos nos desviar por alguns atos marginais”, disse. Fotos mostraram seu carro oficial com janelas quebradas. Enquanto o rei tentava acalmar o ânimo, ele também mencionou tentativas de agitadores para desestabilizar a situação.

“Há muita informação tóxica circulando e muitas pessoas interessadas em caos”, disse ele à multidão. Quando começou a garoar, carros de polícia com alto-falantes circularam por Valência avisando sobre mais chuvas fortes previstas para o final de domingo.

Desde a última quinta-feira (31), centenas de pessoas começaram a ir ao sul de Valência com rodos e alimentos em mutirões organizados pelas redes sociais para ajudar a população local. Nesta manhã, no entanto, a Defesa Civil pediu que os voluntários parassem de ir à região afetada para não atrapalhar o trabalho de resgate, que ainda estava em curso.

Equipes de resgate ainda buscavam por corpos de vítimas nesta sexta, principalmente nos bairros do sul e nos municípios próximos à Valência, como Paiporta e Torrent, os mais afetados. A suspeita é que a maioria dos desaparecidos esteja em carros engolidos pela lama.

Dezenas de pessoas ainda estavam desaparecidas, enquanto cerca de três mil residências estavam sem eletricidade, disseram as autoridades. “Com um aviso oportuno à população, muitas fatalidades poderiam ter sido evitadas”, disse Jorge Olcina, especialista em clima da Universidade de Alicante. Ele também apontou a falta de coordenação entre as autoridades nacionais e regionais.

Sanchez disse no sábado que qualquer potencial negligência seria investigada e pediu unidade política diante da tragédia. O líder regional de Valência, Carlos Mazon, que também visitou Paiporta sob vaias e insultos de manifestantes.

Milhares de tropas e policiais adicionais se juntaram ao esforço de socorro no fim de semana, na maior operação desse tipo em tempos de paz na Espanha. As inundações engoliram ruas e andares inferiores de edifícios, arrastando carros e pedaços de alvenaria em marés de lama. A tragédia já é o pior desastre de inundação relacionado a um único país na Europa desde 1967, quando pelo menos cerca de 500 pessoas morreram em Portugal.

A costa mediterrânea da Espanha está acostumada com tempestades de outono que podem causar inundações, mas este episódio foi o evento de enchente repentina mais poderoso da história recente. Pessoas mais velhas em Paiporta, no epicentro da tragédia, dizem que as inundações foram três vezes piores do que as de 1957, que causaram pelo menos 81 mortes.

Valência sofreu outras duas grandes torrentes na década de 1980, uma em 1982 com cerca de 30 mortes e outra cinco anos depois, que quebrou recordes de precipitação. As inundações também superaram a enchente que varreu um acampamento ao longo do rio Gallego em Biescas, no nordeste, matando 87 pessoas, em agosto de 1996.

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