As consequências da guerra imperialista dos Estados Unidos contra a Rússia, usando a Ucrânia como bucha de canhão, estão cada dia mais claras. Um dos mais atingidos pela guerra é a União Europeia, cuja economia do seu bloco está sofrendo com a escassez de gás russo. O apoio do bloco na guerra do imperialismo contra a Rússia foi um verdadeiro “suicídio energético”, como afirmou Aleksey Miller, Diretor Executivo da Gazprom, empresa estatal russa de gás natural.
O governo da Alemanha já alertou que enfrentará um segundo ano de recessão, uma “destruição de demanda”, que significa os preços altos e a oferta limitada. A fala do executivo russo da Gasprom foi dita no Fórum Internacional de gás de São Petersburgo.
“Alguns [especialistas] dizem que [a situação] pode ser descrita como o suicídio energético da Europa”, afirmou Miller.
A crise atinge, ainda, a maior economia de um país europeu, a Alemanha, contraindo-a em 0,3% em relação ao ano passado. O Produto Interno Bruto (PIB) dos alemães deve cair 0,2%, segundo o Ministério de Assuntos Econômicos de Berlim. Está em marcha, como consequência dessa guerra na Ucrânia, uma “desindustrialização da Europa”, levando a “um novo choque de preços para o gás e interrupções em fornecimento”, disse Aleksey Miller.
A política industrial do bloco europeu caiu 10%, um nível bastante baixo em relação aos últimos anos. Sem competitividade adequada e sem receber devidamente o gás russo através dos gasodutos Nord Stream, o fornecimento fora interrompido devido aos ataques do imperialismo à infraestrutura submarina em setembro de 2022. O governo ucraniano, sob a presidência do fascista Vladimir Zelenski, não tem intenção de estender os tradicionais acordos. A participação russa no fornecimento de gás, segundo estatística da União Europeia, caiu de 45% em 2021 para 15% em 2023.