Desde o dia 7 de outubro, com a heroica operação do Hamas contra o Estado de “Israel”, e o início da atual etapa do conflito na Palestina, 46 mil empresas “israelenses” foram fechadas. O dado foi revelado pelo Coface BDI, empresa especializada em análises de risco de crédito e classificação de negócios em “Israel” há 35 anos. Esse ranqueamento é largamente utilizado por outras companhias, tanto em “Israel” quanto internacionalmente, incluindo o sistema financeiro e seguradoras de crédito.
O CEO do Coface BDI, Yoel Amir, concedeu uma entrevista ao diário “israelense” Maariv na última quarta-feira (10), onde detalhou as informações. Amir contou que cerca de 77% dos empreendimentos fechados, em torno de 35 mil, eram pequenas empresas com até 5 funcionários. No entanto, a falência em massa engloba diversos setores da economia “israelense”. O relatório do Coface BDI mostra que a indústria da construção civil é a mais afetada, com um decréscimo de 27%. Ele ressalta que o impacto é muito grave nos ramos de cerâmica, ar condicionado, alumínio e materiais de construção.
Segundo o jornal “israelense”, o setor de comércio, incluindo vestimentas e artigos domésticos, e o de serviços, considerando entretenimento, transporte, entre outros, também sofreram um grave abalo. Já o turismo se vê diante de uma debacle total, com o turismo internacional próximo de 0%. Ainda, o jornal assinala a queda na atividade da agricultura, situada predominantemente em áreas próximas do conflito.
O relatório, prevendo um agravamento da crise, aponta: “estimamos que, até o final de 2024, aproximadamente 60.000 empresas em ‘Israel’ deverão fechar.” O documento também revela que “em uma pesquisa especial com gestores que realizamos recentemente – esta é a terceira vez desde a guerra – aproximadamente 56 por cento dos gestores relataram que houve uma diminuição significativa no âmbito de suas atividades desde o início da guerra.”
De acordo com o relatório, os principais impactos em cada setor foram decréscimos de 27% na construção civil, 19% em serviços, 17% no industrial e de agriculta, 12% no comércio, 11% nos de tecnologia de ponta e 6% em alimentos e bebidas.
A perspectiva é que a crise econômica e política do regime sionista siga se aprofundando no próximo período. “Israel” não tem capacidade para enfrentar a tendência revolucionária que se desenvolve no quadro da crise do imperialismo e do fortalecimento relativo dos países da região. A insatisfação da própria população que vive no território ocupado vêm aumentando na medida em que o governo se mostra incapaz de avançar contra a resistência e superar o problema econômico.
A crise em “Israel” é um dado da crise geral do imperialismo. Como um enclave imperialista na região, o regime sionista sempre se colocou como uma potência por conta da sustentação direta das economias dos países imperialistas. A situação atual revela que este nunca foi um regime sólido, mas artificial, que só se manteve devido ao atraso generalizado dos outros países da região e na condição de preposto do imperialismo.
As guerras anteriores nas quais “Israel” esteve envolvido tiveram uma duração extremamente curta, portanto, não puseram à prova a estabilidade do regime sionista. Agora, no entanto, a impressionante organização anti colonial liderada pelo Hamas, que submete o enclave imperialista de “Israel” a um verdadeiro teste de fogo já há mais de 9 meses, mostra a incapacidade de um Estado artificial se sustentar frente a uma Revolução.