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Futebol

Crise das SAFs assola os clubes brasileiros

Maior exemplo do fracasso das SAFs é o Vasco, comprado por grandes capitalistas, mas em crise permanente

A última edição do “Na Zona do Agrião”, programa da Causa Operária TV (COTV), que tem como tema o futebol. O destaque desta semana está por conta das crises nas chamadas Sociedades Anônimas do Futebol (SAF).

Alguns clubes brasileiros aderiram a este programa de privatização de suas equipes de futebol, onde um grande grupo empresarial internacional ou qualquer investidor, compra a equipe com o pretexto de melhorar a administração e consequentemente o desempenho do time em geral. 

Ocorre que o resultado obtido pela privatização não foi o esperado, afinal o futebol brasileiro tem como principal característica a competitividade. Diferentemente dos europeus, onde sempre as mesmas equipes, as mais ricas, disputam a liderança de suas respectivas ligas.

Exemplo dessa crise, o Vasco da Gama teve 70% de suas ações compradas pelo grupo 777 Partners, que possuem diversos outros times pelo mundo. O Gigante da Colina, porém, está numa grande crise na atualidade, mesmo ainda no início de temporada.

 “O grande exemplo da SAF aqui no Brasil, é o Vasco, porque é um grande conglomerado capitalista, a 777 é uma empresa de investimentos reconhecida no mundo inteiro e o time continua na crise, não sai porque o esquema deles é só lucrar”, explicou o apresentador Juca Simonard. “Os torcedores vascaínos estão denunciando que eles [a 777] usam os meninos da base para fazer dinheiro”, exemplificou.

Outro exemplo é o Cruzeiro, onde o ex-jogador Ronaldo, que passou pelo clube no início da carreira e ganhou visibilidade para sua brilhante carreira, comprou a equipe, sem que o resultado viesse. Ronaldo então revendeu a tradicional equipe mineira a um empresário do ramo de supermercados. 

Para o ex-craque pentacampeão a situação é ruim, afinal, Ronaldo possui uma boa imagem como o grande jogador que foi. Ser considerado agora o vilão e fazer o papel do capitalista que prejudicou o clube, aparentemente não era o que o Fenômeno queria.

“Ele achou que iria fazer como quando estava no Corinthians, quando atraiu muito investimento”, comentou outro apresentador, Tiago Pires. “Ali, dependia dele mesmo, do futebol dele, só que agora ele fez uma aposta e resolveu tirar o time de campo”, acrescentou.

“Você engana o torcedor, fala que ‘agora vai entrar o capitalista e vamos ganhar tudo’, só que no país do futebol, não dá para ganhar tudo e colocar a torcida em choque com a direção. O pessoal já é apaixonado e depois percebe que é roubado, que os caras dominaram o negócio para ganhar muito dinheiro e o resultado para torcida não veio. A crise escala”, concluiu Pires, denunciando o problema nos esforços empreendidos para privatizar o futebol brasileiro.

 Para conferir na íntegra o programa Na Zona do Agrião desta semana, acesse:

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