O julgamento que pode determinar o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF foi interrompido novamente no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino pediu vista do processo após o relator, ministro Gilmar Mendes, votar a favor de Rodrigues. Em janeiro, Gilmar havia suspendido uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que afastava Rodrigues do cargo. Agora, o STF analisa a liminar e Gilmar manteve sua posição.
O caso está relacionado a uma decisão de dezembro de 2022, quando o TJ-RJ considerou que o Ministério Público do Rio não tinha autoridade para firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a CBF. Esse acordo, firmado em 2022, validava a assembleia que elegeria Ednaldo Rodrigues. O tribunal fluminense, no entanto, anulou essa assembleia. A disputa legal gira em torno da legitimidade do Ministério Público estadual em firmar acordos desse tipo com entidades esportivas.
O pedido de vista de Flávio Dino é um recurso comum nos tribunais colegiados, permitindo aos ministros mais tempo para analisar o caso. O prazo máximo é de 90 dias, mas como o Judiciário entra em recesso em dezembro, a conclusão do julgamento pode ficar para 2025.
Todo o parecer jurídico explica acima é irrelevante, pois a disputa real é política. Há uma crise na CBF que envolve a disputa econômica do futebol, a Crefisa, principal empresa ligada a Ednaldo, agora conseguiu o sustentar no cargo. No entanto, do outro lado da briga não está claro que quer derrubá-lo.
Os torcedores não têm nada a ganhar com ações do STF ou com bancos como a Crefisa. É necessário tomar o futebol da mão desses capitalistas que são inimigos do futebol brasileiro, do futebol arte. Nem o STF, nem os bancos devem intervir nesse gigantesco patrimônio do Brasil!