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Oriente Médio

Crimes de ‘Israel’ no Líbano já causaram 550 mortes

Segundo jornal sionista, Hesbolá não usou 10% do seu poder de fogo ainda, o que torna a ameça de invasão do Líbano uma medida que pode acabar em um inferno para 'Israel'

Aeronaves sionistas bombardearam uma área residencial ao sul da capital do Líbano, Beirute, na tarde da última quinta-feira (26), destruindo um prédio de dez andares, martirizando duas pessoas e ferindo outros 15, todos civis. Ao todo, mais de 550 pessoas já foram assassinadas por “Israel, e outras 90 mil foram deslocados em apenas uma semana de conflito aberto entre o partido revolucionário libanês Hesbolá e o enclave imperialista de “Israel”, que já apresenta sinais de evoluir para um estado de guerra total.

Os bombardeios ocorrem no mesmo dia em que o governo do Reino Unido fez pedidos públicos para um cessar-fogo, evidentemente ignorados pelo governo sionista. O pedido foi feito pelo secretário de Defesa britânico, John Healey:

“Peço ao primeiro-ministro Netaniahu e aos líderes do Hesbolá libanês que ouçam as vozes comuns nas Nações Unidas para chegar a um acordo de cessar-fogo. Um cessar-fogo de 21 dias em que as conversações possam começar e os combates possam terminar, e uma oportunidade para um acordo de longo prazo possa surgir”.

O ministro das Relações Exteriores Israel Katz, no entanto, respondeu o pedido do governo britânico com uma negativa. No X, Katz publicou uma mensagem dizendo:

“Não haverá cessar-fogo no norte. Continuaremos a lutar contra a organização terrorista Hesbolá com toda a nossa força até a vitória e o retorno seguro dos residentes do norte para suas casas”.

A escalada das hostilidades levanta preocupações sobre uma possível invasão terrestre “israelense”, uma manobra que poderia alterar drasticamente o equilíbrio de poder na região. Com o primeiro-ministro “israelense” Benjamin Netaniahu prometendo erradicar a “ameaça” de Hesbolá, a pressão interna e externa sobre o governo de “Israel” aumenta.

No entanto, analistas alertam que, apesar da mobilização de reservistas, a possibilidade de uma invasão em larga escala pode não ser iminente, refletindo uma falta de estratégia clara por parte de “Israel”. A recente convocação de duas brigadas de reserva, conforme relatado por oficiais “israelenses”, sugere um aumento nas preparações, mas a quantidade de tropas mobilizadas é considerada insuficiente para uma operação bem-sucedida em um território como o Líbano, onde a ocupação sionista sofreu sua primeira derrota militar mais de 20 anos atrás e de onde já foi expulsa.

O histórico de incursões anteriores, notavelmente a guerra de 2006, fornece um alerta: as forças “israelenses” enfrentaram resistência feroz e sofisticada de Hesbolá, que se beneficiou de um terreno bem conhecido e de táticas de guerrilha bem desenvolvidas. A realidade é que a estrutura de comando de Hesbolá permanece intacta, e a organização está armada e mais experiente do que nunca, o que indica que uma invasão terrestre poderia resultar em um conflito prolongado e sangrento.

As dificuldades enfrentadas por “Israel” em Gaza também aumentam a incerteza em relação a uma nova operação militar. A sociedade “israelense” está em uma crise fraticida e a possibilidade de uma invasão terrestre “israelense” ao Líbano tende a piorar a crise geral, marcada por tensões políticas internas, um governo em constante ameaça de cair e uma divisão social que ameaça rachar o país artificial.

O chefe do Estado-Maior “israelense” Herzi Halevi, reconheceu os desafios que uma incursão enfrentaria, dada a fortificação do terreno onde Hesbolá está enraizado. Historicamente, “Israel” lutou para atingir seus objetivos em invasões anteriores, como durante a guerra de 2006, onde as forças “israelenses” enfrentaram perdas significativas devido à resistência de Hesbolá.

As táticas de guerrilha e a capacidade de realizar ataques em diferentes frentes tornam qualquer operação terrestre arriscada. Especialistas, como Imad Salamey, indicam que uma invasão, se iniciada, provavelmente levaria a uma guerra prolongada, resultando em custos humanos, militares e econômicos insuportáveis no atual estágio de fragmentação do enclave sionista.

Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth, Hesbolá ainda não utilizou nem 10% de seu potencial militar, o que poderia resultar em uma resposta contundente a uma invasão. “Israel”, por outro lado, já se viu em situações anteriores em que o uso exclusivo de poder aéreo não foi suficiente para garantir a vitória.

Além disso, a pressão para resolver o conflito em Gaza e a crescente insatisfação interna dificultam ainda mais a tomada de decisões sobre uma possível invasão ao Líbano. O movimento de tropas e a chamada de reservistas são vistos como um sinal de intenções, mas também refletem uma estratégia incerta, com muitas vozes se perguntando se um novo conflito é realmente a resposta para as ameaças percebidas de Hesbolá.

A possibilidade de uma invasão “israelense” ao Líbano traz à tona questões sobre a falência do outrora invencível exército sionista, mas que não consegue mais sustentar a ocupação de territórios no interior da Faixa de Gaza. As lições aprendidas de guerras passadas, especialmente a de 2006, sugerem que uma incursão pode se transformar em um inferno para os sionistas.

O fortalecimento de Hesbolá desde a expulsão de “Israel” em 2000 torna qualquer operação terrestre uma empreitada arriscada e potencialmente desastrosa. As divisões internas em “Israel” podem paralisar a tomada de decisão, levando a uma escalada descontrolada do conflito.

Além disso, a resposta militar de Hesbolá à agressão “israelense”, mesmo que moderada até o momento, pode rapidamente escalar em um cenário de invasão. Com a sociedade “israelense” pressionada por um prolongado conflito em Gaza e as incertezas em relação ao norte, “Israel” tenta forçar a entrada dos EUA no conflito, como forma de superar a ameaça de ruptura total do Estado sionista. Será preciso acompanhar de perto os próximos desenvolvimentos, uma vez que os interesses imperialistas no Oriente Médio tendem a impulsionar as piores táticas do sionismo para manter a ocupação da Palestina.

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