A investida do grande capital privatista contra o futebol brasileiro pode estar assumindo mais um trágico capítulo. Está em marcha (e tudo indica que o desfecho deverá ser mesmo o controle do clube pelo modelo SAF) tratativas já adiantadas para que o time que ostenta a segunda maior torcida do país – o Sport Club Corinthians Paulista – passe a ser controlado por um grupo empresarial denominado OTB Sports. O grupo foi autorizado a procurar a direção do time paulista para negociações visando o controle e gerenciamento técnico.
A empresa seria especializada no “agenciamento” de atletas; em outras palavras: abutres exploradores que ganham dinheiro corrompendo jovens valores do nosso futebol, como aconteceu recentemente com os garotos ainda menores de idade, Endrick e Estevão (ambos do Palmeiras), já negociados com o futebol europeu.
Embora haja declarações dos dirigentes corintianos no sentido contrário a que o clube seja controlado por uma SAF, o fato é que, atualmente, no futebol brasileiro, sempre que aparece uma situação em que um clube encontra-se endividado (caso do “Timão”) há toda uma pressão semelhante ao que ocorre com as empresas estatais nacionais.
Não faltam argumentos do tipo “gestão incompetente, corrupta, incapaz de sanar os problemas financeiros do clube”, etc. Na verdade, nada mais são do que os já conhecidos e surrados pretextos para justificar a entrega nas mãos dos grandes capitalistas sanguessugas. É o que está em marcha atualmente no Corinthians.
Se há crise, que os torcedores e as torcidas organizadas assumam o controle do time e não o empresariado abutre explorador.
