No seu site do dia 22 de novembro, a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) trás uma matéria em que enaltece a reunião do G20, que se realizou no estado do Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro, com a presença dos piores inimigos dos trabalhadores e dos povos oprimidos dos países do mundo inteiro, ou seja, pelo imperialismo.
Para a Contraf, “o Brasil sediou um G20 histórico e vitorioso”. Segundo a sua presidente, Juvandia Moreira, foi importante o protagonismo do G20 Social, que reuniu no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de novembro, cerca de 50 mil participantes com 300 temas em debate. “O G20 Social levou pela primeira vez aos líderes do bloco temas discutidos com a sociedade. Então, nossa Declaração do Rio de Janeiro está de certa forma ali no documento final. E tudo isso reflete essa democratização do processo construída pelo presidente Lula”. (Site Contraf/CUT 22/11/2024)
Mas aqui cabe a pergunta: por um acaso o governo dos países imperialistas (EUA, Inglaterra, Itália, França, Alemanha, Japão) quem mandam bombas para o Estado Sionista de “Israel”, para assassinar dezenas de milhares de crianças, mulheres, idosos e civis, que planejam golpes de Estados em todos os cantos do mundo, como, por exemplo, no Brasil em 2016 no impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ou a prisão do Lula; que executam embargos criminosos contra a população cubana, venezuelana e nicaraguense, por exemplo, e que estão incitando uma possível guerra nuclear mandando mísseis de longo alcance para atingir a população russa na guerra da Ucrânia, estariam dispostos a “lutar contra a fome” ou mesmo na “cooperação de apoiar os países em desenvolvimento a atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)” ou mesmo “dar eficiência aos esforços de paz e garantia de preservação dos direitos humanos”.
Tais declarações, de dirigentes de entidades de luta dos explorados, ou é muito ingenuidade, ou esse pessoal está vivendo em outro planeta que não seja aqui na Terra.
É devido à política dos principais representantes do G20 que o Brasil atravessa uma das maiores crises económicas da sua história. A estagnação econômica crônica está em uma etapa de retrocesso sem precedentes. Há cerca de uma década estão paralisados os investimentos produtivos e prospera-se a perspectiva de um sucateamento da indústria nos principais ramos produtivos, enquanto se alastra o mais espantoso parasitismo na forma de especulação financeira. A política de privatização e de maior integração do Brasil ao mercado mundial imperialista, não trouxe nenhum investimento como conduziu à destruição em grande escala da economia nacional, além da fuga de capitais para o estrangeiro.
Como consequência, as condições de vida das massas populares tocam o mais baixo patamar. Nos últimos tempos mais de 60 milhões de brasileiros está literalmente morrendo de fome e carece das mais elementares condições de vida. Os sistemas de saúde e educação estão completamente falidos.
A causa fundamental desta situação é a falência do capitalismo e a exploração imperialista.
Diante da potencial explosividade social presente entre os explorados, os partidos burgueses e as tendências pequeno burguesas enraizadas dentro das organizações dos trabalhadores, esforçam-se por construir um colchão de ar entre os representantes da burguesia imperialista e a crescente insatisfação popular que toma a forma de um grande acordo.
Não há perspectiva para os trabalhadores brasileiros sem uma luta de morte contra o imperialismo e seus representantes. As reivindicações anti-imperialistas, de caráter consequente, são incompatíveis com o capitalismo e somente podem ser levadas adiante pelos trabalhadores, com total independência política da burguesia e de todas as suas variantes pretensamente democráticas e nacionalistas.