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Palestina

Como os sionistas alteram a Wikipedia para justificar o genocídio

O aparato de propaganda do Estado sionista investe bilhões na Internet, um dos alvos é a Wikipedia, que é constantemente alterada em defesa de "Israel"

A Wikipédia, a maior e mais influente enciclopédia digital do mundo, tornou-se um campo de batalha entre os sionistas e os ativistas em defesa da Palestina, mas é uma batalha assimétrica. 

As implicações desse conflito nas redes se estendem para além do mundo digital, como uma disputa propagandística, em que um lado é dono de grupos organizados e financiados de editores, com o apoio dos criadores do site e do outro há cidadãos comuns horrorizados com os crimes cometidos por “Israel”.

O que permite que haja disputa é o funcionamento da enciclopédia online, pois, com milhões de usuários diários e conteúdo disponível em vários idiomas, a Wikipédia possui um modelo de edição aberta que permite a qualquer pessoa contribuir e editar artigos. Assim, os cidadãos livres e conscientes, que defendem o povo palestino, têm espaço para influenciar na edição de artigos.

No entanto, as guerras de edição que surgem pelo modelo de edição aberto não são justas, porque os temas ditos polêmicos e sensíveis recebem restrição de edição, o que limita quem pode editar as matérias para apenas editores registrados e, no caso dos verbetes sobre a Palestina, que tenham participado de ao menos 500 edições. 

Por essa razão, o debate fica limitado aos grupos de edição financiados pelo sionismo, que podem exercer dedicação exclusiva para fazer edições na Wikipédia e bater a meta de 500 edições facilmente, enquanto os cidadãos comuns são limitados pelo próprio trabalho e necessidades para dar uma dedicação tão ostensiva à enciclopédia digital ao ponto de fazer centenas de edições. Isso leva ao silenciamento sistemático dos palestinos no portal.

Além disso, estudos mostram que editores da plataforma são predominantemente de países ocidentais, que são mais suscetíveis à propaganda sionista. Esse cenário soma-se à existência de grupos organizados com políticas imperialistas, que influenciam o conteúdo da Wikipédia. É o caso dos grupos de advocacia sionista, que estabeleceram redes de editores para monitorar e editar artigos relacionados à Palestina, perpetrando neles a propaganda sionista.

A respeito desses grupos de edição pró-imperialista e defensores de “Israel” o jornal da imprensa burguesa britânica The Guardian noticiou em 2010 que dois grupos israelenses lançaram um curso de edição sionista para a Wikipédia, ensinando pessoas a reescrever e revisar páginas disputadas. Um dos grupos, o Conselho de Yesha, era liderado pelo ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett, o mesmo que declarou descontentamento com a representação de “Israel” nos mapas do Google, sem incluir áreas ocupadas como as Colinas de Golã.

Um exemplo recente da disputa narrativa na Wikipédia é a “guerra de edição” sobre um massacre israelense no campo de refugiados de Nuseirat em Gaza. A brutal agressão, supostamente destinada a recuperar quatro prisioneiros israelenses, matou mais de 270 palestinos e feriu mais de mil. A Wikipédia demonstrou seu autoritarismo e censurou os editores que defendem a Palestina impondo novas restrições às permissões de edição para a página sobre o evento.

Para a surpresa de ninguém, Jimmy Wales, fundador da Wikipédia, declarou ser um forte apoiador de “Israel”. Está mais do que claro como a equipe de administração da enciclopédia digital é dominada pelo sionismo.

Em 2015, um artigo do órgão sionista The Times of Israel discutiu o apoio descarado de Wales a “Israel” e como isso impacta as políticas editoriais da plataforma. A matéria descreve uma situação em que um verbete da Wikipédia sobre o Muro do Apartheid da Cisjordânia, que primeiro atendia na enciclopédia com o título de “cerca de segurança”, em inglês “security fence” e depois foi revisado por um editor que contestava a propaganda sionista para com a adição de “muro do apartheid” (“apartheid wall”). Essa edição foi revertida, embora ainda se encontre o artigo buscando o termo removido.

Ainda que pareça uma luta ingrata a disputa pelos verbetes na Wikipédia, já que os sionistas têm grupos organizados e financiados de edição e são favorecidos pela administração do site, o simples fato de todo esse esforço propagandístico ser necessário, demonstra a situação crítica da ocupação imperialista israelense da Palestina. Também é importante levar em consideração que, apesar de todo esse controle os editores conscientes ainda conseguem deixar singelos resultados mais favoráveis à Palestina no Wikipédia e que, mesmo com esse controle, as pessoas já não acreditam mais na propaganda sionista, o que se verifica nos grandes atos em defesa da Palestina nos países imperialistas.

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