No último dia 6, Mohamad Hasan Sweidan publicou um artigo no sítio The Cradle, intitulado How Lebanon’s resistance defied Israeli dominance, again, explorando como o Hesbolá alcançou sua terceira grande vitória militar e política contra a ditadura sionista. O autor detalha as estratégias de guerra assimétrica e os impactos econômicos e psicológicos dessa resistência sobre “Israel”.
Segundo Sweidan, o partido revolucionário libanês promoveu em média 23 operações militares diárias contra posições do regime sionista, incluindo bases e quartéis, além de se engajar em táticas de guerra híbrida, que combinaram estratégias militares e psicológicas. A resistência destruiu 59 tanques Merkava, eliminou mais de 130 soldados israelenses e causou danos econômicos que ultrapassaram US$ 1 bilhão. Além disso, cerca de 62.480 colonos foram evacuados do norte, muitos sem intenção de retornar.
“O Hesbolá empregou guerra híbrida, integrando estratégias militares e não militares, incluindo a guerra cognitiva, para moldar as percepções israelenses. Essa abordagem envolve introduzir e promover visões sobre a ocupação israelense alinhadas aos objetivos da resistência, além de fortalecer sua presença em redes sociais para amplificar essas ideias. O grupo também destacou questões internas de ‘Israel’ por meio de campanhas multilíngues e vídeos que enfatizam suas vulnerabilidades.”
Essas táticas revelam uma transformação na guerra moderna, onde o campo de batalha se expande para incluir a mente do inimigo. Enquanto o Hesbolá se consolidava como uma força militar capaz, também se destacava ao explorar falhas internas do regime israelense, como a crescente desconfiança da população em relação à liderança política e a sensação de insegurança.
“A frente libanesa evoluiu de um apoio a Gaza para uma resposta direta à agressão israelense contra o Líbano. ‘Israel’ buscava eliminar o Hesbolá e estabelecer uma zona de segurança ao longo da fronteira libanesa para proteger os colonos do norte. Contudo, esses objetivos ficaram fora de alcance; em vez de demonstrar domínio, o regime sionista se viu enredado em um impasse familiar. O Hesbolá realizou uma média de 23 operações militares por dia contra ‘Israel’ desde o início da guerra, atingindo posições militares e se aprofundando nos territórios palestinos ocupados. Isso demonstra as capacidades ampliadas do movimento de resistência.”
A capacidade do Hesbolá de transformar uma campanha militar planejada para ser rápida em uma guerra prolongada é emblemática de sua força estratégica. Em vez de ser derrotado, o grupo impôs um custo altíssimo ao regime sionista, tanto em vidas quanto em recursos. Essa resiliência também serviu como inspiração para outros movimentos de resistência na região.
“As guerras de libertação nacional sempre têm um custo elevado, especialmente para os civis. No entanto, isso muitas vezes é um pré-requisito para o sucesso contra um adversário militarmente superior. A habilidade do Hesbolá de resistir à pressão israelense e sustentar suas operações solidificou sua posição como um oponente formidável – provando mais uma vez que a verdadeira vitória está em frustrar os objetivos declarados do inimigo, e não apenas na sobrevivência.”
Ao comparar essa vitória com outras lutas históricas, como a guerra do Vietnã, Sweidan destaca que o verdadeiro triunfo em conflitos “assimétricos”, como as guerras de libertação nacional de países atrasados contra o imperialismo, não é medir as perdas infligidas, mas impedir que o adversário sustente o controle sobre o território invadido. Para o Hesbolá, a capacidade de manter suas operações, enquanto desestabiliza o regime sionista, é a maior prova de seu sucesso.
Os números apresentados são contundentes: mais de 1.328 hectares destruídos, impactando florestas e plantações fundamentais para a economia de “Israel”. Cerca de 70% do suprimento de frango foi comprometido, enquanto o turismo na região norte enfrentou perdas superiores a US$ 1 bilhão.
Dessa forma, o cessar-fogo anunciado em 27 de novembro de 2024 não reflete uma vitória israelense, mas sim o reconhecimento de sua incapacidade de conter o Hesbolá. A terceira derrota consecutiva da ditadura sionista contra a resistência libanesa é um marco na luta pela libertação dos povos oprimidos na região, mostrando que o fim de “Israel” se aproxima.