Neste último sábado (13), ocorreu a primeira manifestação do ano de 2024, em solidariedade ao povo da Palestina e pelo fim dos bombardeios criminosos perpetrados pelas forças israelenses na Faixa de Gaza. A concentração para o ato aconteceu na Av. Paulista, em frente ao MASP, com a participação de sindicatos, de moradia e de luta pela terra, partidos políticos, torcidas de futebol, coletivos e associações populares. Os manifestantes caminharam até a Praça Roosevelt, onde se deu o encerramento da atividade. Apesar da melhora qualitativa, que evidentemente significa uma evolução importante, os protestos precisam adquirir um verdadeiro caráter de massas.
Os últimos registrados da agressão sionista apontam a morte de aproximadamente 24 mil palestinos, dos quais cerca de 11 mil são crianças e mais de 7 mil são mulheres. Ainda há um número de desaparecidos que totaliza 7 mil pessoas, seguindo a mesma proporção de 70% entre mulheres e crianças. A fome atinge toda a população de Gaza e as doenças infecciosas cerca de 400 mil pessoas em virtude das condições desumanas que resultaram do desabrigamento das famílias. Além disso, aproximadamente 200 prédios da área de saúde e 120 ambulâncias foram destruídos. Esses dados demonstram a urgência de ampliar as mobilizações no sentido de pressionar o presidente de Lula a romper as relações políticas e econômica com ‘Israel’.
Assim como em 2023, o Partido da Causa Operária, diferentes das demais organizações que fazem dos atos uma verdadeira sessão de lamentações e que pedem ação do governo sem apontar o caminho, se destaca por apresentar uma política correta. O Partido saiu em defesa do direito das organizações palestinas resistirem de armas nas mãos à brutal colonização de seu território e também da necessidade de criar comitês em defesa da Palestina em todo o país.
Na dispersão do ato, Reda Souedi, representante do campo progressista árabe, sublinhou que houve uma mudança na situação política no que se refere ao conflito entre os palestinos e o regime israelense. Para Souedi, o imperialismo e o sionismo foram totalmente expostos e as máscaras dos países civilizados caíram finalmente. Ele declara que a participação do Iêmen no combate a “Israel”, bem como, a entrada efetiva dos demais povos árabes implicará numa derrota retumbante do imperialismo na região. Para Reda a vitória da Palestina abre caminha para a vitória de todos os povos oprimidos.
Um destaque importante do ato foi a presença em massa de homenagem ao mártir Qassem Soleimani. O general iraniano foi assassinado em 2020 pelo governo dos EUA e é o arquiteto do Eixo de Resistência que atualmente luta em todas as frentes contra o Estado de “Israel”. Na última semana o PCO participou de um evento solene em memória de Soleimani e agora no ato ele foi figura central, junto a defesa do Iêmen, o mais novo país a ser bombardeado pelo imperialismo.
No fechamento da atividade, o companheiro Antônio Carlos Silva, membro da direção nacional do PCO, destacou a presença de organizações que não vinham participando das manifestações, mas que isso não basta. Para Silva, será preciso imprimir centenas de milhares panfletos, adesivos, cartazes para aumentar a consciência das pessoas sobre aquilo que acontece na Palestina. O dirigente do PCO, salientou que é preciso convocar os trabalhadores e a juventude para participar das manifestações. Por fim, frisou que a luta da Palestina contra o imperialismo diz respeito, não somente ao povo brasileiro, como a todos os povos oprimidos do mundo.