O movimento de greve dos técnicos em educação superior está ficando a cada dia mais forte. No dia 08 de abril os docentes da UnB deflagraram greve para o dia 15 de abril. Na assembleia, a votação apertada de 257 votos favoráveis contra 213 contra foi representativo dessa categoria, visto que ela na UnB é composta por mais de 3 mil docentes.
Associados a isso, o movimento estudantil da UnB se junta ao movimento docente para também no dia 15 de abril juntar-se com todo movimento paredista e se mobiliza com os trabalhadores já paralisados.
Isso mostra o caráter geral da categoria, os trabalhadores já estão cansados de tanto retrocesso, seja em salários, seja em precarização das estruturas de trabalho. O fato é que as universidades têm passado por um processo de privatização e terceirização e isso tem deixado inviável a própria existência das universidades da forma como está. Essa situação abre portas para uma grande propaganda política pela privatização das universidades, ou seja, abre espaço para os abutres da direita e do imperialismo abocanhar os recursos destinados à educação pelo Estado.
A mobilização dos trabalhadores tem desacelerado esse processo, mas esse processo continua em marcha no Brasil e apesar do Lula, um representante dos trabalhadores, o Estado continua a ser burguês, ou seja, a serviço do capital e completamente subserviente aos interesses norte-americanos.
Isso leva a necessidade de embate organizado e unificado dos trabalhadores para conter essa situação de venda das nossas fundações públicas.
O movimento nacional em defesa da educação tem como principais tarefas a mobilização contra a aprovação da PEC32. Em maio o governo vai iniciar o concurso nacional unificado famigerado CNU e essa ação é uma articulação para travar todas as negociações com as carreiras de forma administrativa.
A luta em todos os serviços públicos deve ser para lutar pela contratação direta em todos os órgãos públicos, da limpeza ao diretor. A terceirização, além de piorar o serviço prestado, prejudica de forma irreparável os trabalhadores.