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Palestina

Combates se acirram na Cisjordânia e aprofundam crise de ‘Israel’

A Intifada, marcada por uma série de combates intensos e operações bem-sucedidas, vem abalando profundamente as estruturas de poder da ditadura sionista

Desde o último dia 28, quando ocorreu o chamado dos principais partidos da Resistência Palestina a uma Intifada, a Resistência Palestina intensificou suas ações na Cisjordânia nas últimas semanas, configurando uma nova fase na luta contra a ocupação sionista. Nos últimos dias, várias cidades na Cisjordânia foram palco de confrontos intensos entre as forças de ocupação e combatentes palestinos. Em Jenin, Nablus e Hebron, os confrontos foram especialmente ferozes, com a Resistência Palestina conseguindo repelir ataques sionistas e infligir baixas consideráveis ao inimigo.

“Os atentados suicidas no interior ocupado (Israel) voltarão a ficar em primeiro plano enquanto persistirem os massacres do ocupante (israelense), as operações de transferência forçada de civis e a política de assassinatos”, disseram nesta segunda-feira (19) as alas militares dos grupos, por meio de comunicado.

Mais de 600 palestinos já foram mortos por “Israel” na Cisjordânia desde outubro, incluindo cerca de 115 crianças. O Estado criminoso também vem acelerando o confisco de terras palestinas no território.

Em reação, as Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, divulgaram um balanço da operação no canal oficial da organização no Telegram, destacando as “primeiras operações” com homens-bomba em Hebron. Diz o informe:

“As Brigadas al-Qassam, ao revelar suas primeiras operações suicidas na província de Hebron, reafirmam o que foi dito anteriormente, que todas as províncias da Cisjordânia, sem exceção, continuarão escondendo entre seus bairros mais surpresas dolorosas e grandiosas para o ocupante traiçoeiro, cuja última operação ocorreu ontem, domingo, em Tarkumiya, realizada pelo mártir combatente heróico Muhannad Mahmoud al-Asoud.”

O canal do Telegram Resistence News Network (RNN), um dos principais órgãos de comunicação do Eixo da Resistência no Oriente Médio, publicou recentemente um artigo que ilustra essa situação:

“A recente escalada em Gaza e na Cisjordânia mostrou a verdadeira face da fraqueza sionista. Não há mais invulnerabilidade; os ataques de mísseis de precisão do Hamas e as operações coordenadas na Cisjordânia são uma prova disso. A Palestina está caminhando para a libertação completa, e os dias da ocupação estão contados.”

Esse trecho do artigo publicado no RNN sublinha a confiança crescente entre os palestinos de que a vitória está ao alcance, uma vitória que se tornará cada vez mais clara à medida que a resistência continua a ganhar terreno.

Os reflexos desses confrontos na economia israelense são devastadores. Desde o início da nova Intifada, a economia da entidade sionista vem sofrendo impactos profundos e irreversíveis. A greve geral que paralisou o país recentemente é um exemplo claro da insatisfação popular com o governo de Benjamin Netaniahu, que se mostra incapaz de lidar com as múltiplas crises que assolam “Israel”.

A Histadrut, maior central sindical da entidade sionista, mobilizou uma greve geral que fechou portos, aeroportos e praticamente todas as atividades econômicas do país. Segundo o IRNA, “Israel é atingido por uma greve geral que fechou empresas, enquanto a raiva pública aumenta contra o primeiro-ministro Benjamin Netaniahu, por seus esforços deliberados para torpedear um acordo de trégua em Gaza com o Hamas”. Esse descontentamento reflete a incapacidade do governo sionista de controlar a situação, tanto no campo de batalha quanto no front econômico.

A economia de “Israel” está em colapso. Com uma queda abrupta no Produto Interno Bruto (PIB), que se contraiu 19,4% no último trimestre de 2023, e o rebaixamento das classificações de crédito pelas principais agências internacionais, o futuro econômico da entidade sionista parece sombrio. A saída massiva de investidores e o colapso do turismo, uma das principais fontes de receita, agravam ainda mais a crise. Além disso, a fuga de cérebros ameaça minar o setor de alta tecnologia, um dos pilares do sucesso econômico de “Israel”.

A guerra em Gaza, que drenou os recursos financeiros do país, deixou claro que a entidade sionista está à beira de um colapso econômico e social. Mais de 46.000 empresas israelenses faliram desde o início do conflito e estima-se que até o final de 2024, esse número possa chegar a 60.000. A crescente dívida pública e a incapacidade de controlar a inflação são sinais claros de que a economia de “Israel” está à beira do colapso.

Em meio a essa crise, a confiança no governo de Netaniahu despenca, e a resistência palestina continua a se fortalecer. Com um Estado em colapso e uma resistência cada vez mais organizada, o futuro de “Israel” parece cada vez mais incerto. As operações de resistência na Cisjordânia e em Gaza não são apenas uma resposta à ocupação, mas uma estratégia bem-sucedida para implodir o regime sionista de dentro para fora.

A Intifada, marcada por uma série de combates intensos e operações bem-sucedidas, vem abalando profundamente as estruturas de poder da entidade sionista, revelando a fraqueza de um regime que enfrenta, simultaneamente, uma crise econômica sem precedentes e uma oposição interna crescente. O Estado de “Israel” enfrenta uma crise profunda que ameaça levar à sua desintegração. As vitórias da Resistência Palestina, somadas à grave crise econômica e ao crescente descontentamento interno, apontam para um cenário em que a entidade sionista pode não sobreviver à pressão combinada da resistência interna e das falhas econômicas. A persistência dos combatentes palestinos e a incapacidade de Netaniahu de estabilizar a situação são sinais claros de que o colapso da ocupação é apenas uma questão de tempo.

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