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Coluna

Com ou sem GLO, lotar as ruas do Rio no G20

Nós não estamos mortos, e é na luta que se vive

Na Palestina se realiza o maior genocídio dos últimos tempos, levado adiante pelas forças imperialistas, pelos EUA e demais potências capitalistas, agrupadas no G7.

Essas potências estarão reunidas no Rio de Janeiro (RJ) durante o encontro do G20. Será uma oportunidade para os setores democráticos, da esquerda, de todos os anti-imperialistas, de mostrar que é preciso acabar com o genocídio na Faixa de Gaza, que é preciso a criação do estado palestino, com o fim de “Israel”, o capanga dos gringos na região.

Por isso mesmo, vem crescendo – e muito – a adesão ao chamado dos Comitês de Luta, do IBRASPAL, do PCO e de muitos outros setores à realização de um grande Ato contra os genocidas e em defesa do povo palestino, no dia 18/11, na Cinelândia. Algumas das mais importantes organizações do movimento sindical, como a CNTE, APEOESP, Sindicato dos Metalúrgicos de Volta Redonda, Sindicato dos Bancários de Brasília; do movimento popular, como o MNLM (Moradia) e a FNL; parlamentares e dirigentes políticos como os deputados Jilmar Tatto (PT/SP) e Prof. Bebel, dezenas de Comtês de apoio ã Palestina e até organizações internacionais já se somaram à iniciativa.

Quando escrevíamos essa coluna, o governador bolsonarista do Rio de Janeiro, Cláudio Castro divulgava de que o governo Lula, que tem mostrado uma posição pró-imperialista sobre a luta dos palestinos, acusando o Hamas de “terroristas” e “fanáticos religiosos”, estaria preparando a decretação da GLO, a pretexto de reforçar a segurança do evento, com a presença de mais de 7 mil soldados do Exercito e de outras forças de repressão com poder de polícia nas ruas do Rio.

Se decretada, a GLO, sob o pretexto de combater a criminalidade, pode servir para reprimir manifestações que ocorram durante o encontro do G20. É bom lembrar que foi durante a vigência de uma GLO no Rio que foram assassinados a vereadora Marielle e seu motorista Anderson, cujos mandantes continuam impunes.

O ativismo classista e combativo e os defensores dos direitos democráticos, obviamente, esperam que o governo não tome essa decisão, mas se o fizer, a convocação para o ato será ainda maior e não há força repressiva capaz de impedir o protesto contra os genocidas de crianças e mulheres.

Nós não estamos mortos, e é na luta que se vive. Nesse sentido, fazer uma gigantesca manifestação no dia da reunião do G20 é uma forma de demonstrar que estamos, de corpo e alma, com os palestinos. Um exemplo a ser seguido por todos os povos do mundo.

Dia 18/11, vamos todos as ruas do Rio, contra os genocidas, pela Palestina, pela vitória dos povos oprimidos contra o imperalismo.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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