Desde que o monopólio da Enel assumiu as operações em São Paulo, o número de ocorrências de interrupções de energia cresceu 28%. A concessionária Enel é responsável pelo fornecimento de energia da capital paulista e outros 24 municípios da Região Metropolitana.
Em todo o ano de 2023, foram registradas 284.706 ocorrências emergenciais por falta de luz. Em 2019, o número de reclamações do mesmo tipo foi de 223.024. O dado é da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.
A distribuidora comprou a maior parte das ações legais da Eletropaulo, responsável pela gestão anterior, em junho de 2018.
Número de ocorrências emergenciais com interrupção de energia elétrica
- 2023: 284.706 (+28%)
- 2022: 254.043
- 2021: 212.922
- 2020: 200.783
- 2019: 223.024
Além do aumento no número de interrupções de energia elétrica, o tempo médio de preparação das equipes para atendimento de emergências cresceu 60% no mesmo período.
Em 2019, a média era de 7 horas para o atendimento a emergências, de acordo com dados da Aneel. Em 2023, passou para cerca de 11 horas.
Neste ano, considerando apenas os meses de janeiro e fevereiro, o tempo médio de espera já ultrapassa 12 horas.
Tempo médio de preparação para atendimento de ocorrências emergenciais
- 2024 (janeiro e fevereiro): 12,2 horas
- 2023: 11,2 horas (+60%)
- 2022: 9,3 horas
- 2021: 6,6 horas
- 2020: 8,9 horas
- 2019: 7 horas
É uma demonstração clara de que a privatização não apresenta melhora nenhuma para os serviços, pelo contrário. Isso piorou ainda mais após a privatização da própria Eletrobrás pelo governo Bolsonaro. A única política a ser defendida é a reestatização da Enel e de toda a Eletrobrás.