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Palestina

Hesbolá tomou o norte, ‘Israel’ não tem esperanças de recuperá-lo

Relatórios feitos pelos próprios israelenses mostram que os assentamentos no norte de "Israel" estão desmoronando

A emissora libanesa Al Mayadeen divulgou um relatório israelense veiculado no Canal 12. O relatório expõe que os colonos sionistas no norte de “Israel” não se sentem seguros de voltar aos seus assentamentos, mesmo com as promessas do governo Netanyahu. Segundo o relatório, cerca de 65 mil colonos já foram evacuados e os que permaneceram na região vivem “sob uma rotina de mísseis e sirenes”. Muitos deles não acreditam que a situação anterior possa ser recuperada.

O relatório do jornalista Guy Varon contabilizou que mais de 3 mil foguetes e quase mil mísseis antitanque de precisão teriam sido disparados em direção ao norte da Palestina, sendo a fronteira com o Líbano o principal problema para a ocupação israelense. Ele diz que a incerteza dos colonos em relação a quanto tempo essa situação durará, faz muitas famílias optarem por se mudar para locais “mais seguros”. Um deles declarou: “não temos perspectivas futuras, nem qualquer segurança econômica em relação ao nosso futuro, voltar para nossas casas, mesmo que haja um acordo político”.

De fato, o mito de invencibilidade de “Israel” não convence mais ninguém. Desde a Operação Dilúvio de al-Aqsa, deflagrada pela resistência palestina sob a liderança do Hamas, a imprensa imperialista tentou anunciar o fim da insurgência diversas vezes. Atualmente, tem deixado escapar o reconhecimento de que a incapacidade de “Israel” em eliminar a resistência armada na Palestina está cada vez mais difícil de encobrir.

Varon relata que, ainda em janeiro, membro do Gabinete de Guerra de “Israel” visitaram a região e prometeram mudar a realidade dos colonos, com investimentos pesados. Ao invés disso, ao percorrer os assentamentos, o jornalista ouviu relatos sobre falta de médicos e escolas. Citou ainda o declínio econômico, com o fechamento de empresas e comércios. Um exemplo é um café localizado nas Colinas de Golã, que “durante 25 anos foi parada obrigatória em todas as visitas à região e visitada por chefes de Estado e políticos”. Fechado desde o início da etapa atual do conflito, foi decidido recentemente não reabri-lo.

A matéria da Al Mayadeen cita também informações divulgadas num relatório elaborado por Audie Siegel, que fala sobre uma “desintegração lenta e transparente de uma região inteira, silenciosamente, com uma aquiescência decepcionante e uma indiferença enfurecedora”. Sócio de uma empresa no assentamento “Kiryat Shmona”, relata que os seus escritórios foram esvaziados, tanto de equipamentos quanto de funcionários. Sua sócia Tammy Meron acrescenta que não se tratou de um caso isolado: “as empresas deixaram Kiryat Shmona e isso é muito triste”.

A visão deles e de outros colonos entrevistados é que o Estado da ocupação falhou em garantir a segurança dos assentamentos na região. Um dos entrevistados, Ariel Margalit, opina que “Israel” deveria encerrar sua guerra, pois além de ser impossível travar batalhas tanto ao norte quanto ao sul, “Israel” estaria perdendo uma outra guerra. Ele opõe “guerra militar” a “guerra civil”, aparentemente no sentido de que a própria sociedade israelense está se decompondo.

A Al Mayadeen fecha a matéria citando a conclusão de Siegel sobre a evolução da situação em “Israel”: “Quando não há negócios, nem turistas, nem compradores, nem iniciativa, nem visão, não há razão ou incentivo para ficar no Norte ou confiar nele. O mais triste é que aqueles que não partiram são acostumando-se com o fato de que o governo não está aqui e é impossível confiar nele”.

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