Relatos sobre um possível cessar-fogo entre o Hesbolá e “Israel” irritaram colonos no norte de “Israel”, informou o jornal Yedioth Ahronoth em 25 de novembro. Eles temem que um possível acordo permita que o movimento de resistência libanês se fortaleça e continue impedindo o retorno às suas casas ou a possibilidade de viver em segurança.
“Antes de assinar algo que parece um acordo de rendição, peço aos nossos líderes que olhem nos olhos das crianças de Quiriate Chemona e pensem no futuro delas“, disse Avichai Stern, prefeito da cidade.
“Este acordo aproxima a ameaça de 7 de outubro do norte. Como passamos de uma vitória total para uma rendição total? Por que não terminar o que começamos? E para onde nossos residentes vão voltar? Para uma cidade devastada, sem segurança e sem futuro? Isso é loucura“, afirmou Stern.
Moshe Davidovich, chefe do Conselho Regional Mateh Asher na Galileia Ocidental, também criticou um possível acordo de cessar-fogo. “Me pergunto se estou vivendo em um sonho ou em uma ilusão – ou se são os tomadores de decisão no governo de ‘Israel’ que estão iludidos“, disse ele.
“Não sou eu quem está iludido, porque apresentar essa farsa – depois que as pessoas passaram mais de um ano confinadas em abrigos antiaéreos, depois que crianças molharam suas camas por mais de um ano, depois que a saúde mental aqui foi levada ao limite absoluto – é simplesmente insultante“, acrescentou Davidovich.
E concluiu: “temos aqui residentes corajosos que, por mais de um ano, perderam seus meios de subsistência, seus negócios, sua agricultura, seu turismo e suas casas. E, ainda assim, eles [os tomadores de decisão] estão brincando com nossas vidas”.
Mas apesar dos protestos, a realidade é que “Israel” foi derrotado militarmente pelo Hesbolá. A única forma de outro acordo de cessar-fogos seria se o Hesbolá tivesse sido derrotado.